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Conheça um hospital especializado em socorrer animais marinhos

7 de setembro de 2009
2 min. de leitura
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O aquecimento da água dos oceanos está causando probelmas sérios. Os animais precisam nadar cada vez mais para se alimentar. Acabam nas costas brasileiras, cansados, feridos, doentes.

Um hospital criado em uma ilha no litoral de São Paulo cuida desses desgarrados. O número de atendimentos cresceu 40% este ano.

Um santuário, uma ilha a mais de um quilômetro do continente. Para cá são trazidos os animais que chegam ao litoral paulista depois de enfrentar longas viagens. Só no mês passado foram três lobos marinhos. Todos desnutridos. Um deles engordou dois quilos em quatro dias.

“É uma mamadeira feita com sardinha e soro caseiro. Na papa de peixe, acrescentamos óleos vegetais, ferro, vitamina”, explica a veterinária Mariana Zillio Monteiro.

Os animais vêm do Sul do continente, às vezes até da Antártida. Chegam ao litoral do Brasil acompanhando as correntes do Atlântico.

“Ano passado notamos que o Atlântico apresentava 1ºC acima da temperatura normal. Isso fez com que o pescado ficasse mais difícil. Então, pinguins, lobos, acabam vindo para nossa região atrás dos cardumes de peixe”, aponta a veterinária Andrea Maranhos.

Golfinhos, focas e até baleias já foram tratados na ilha. Além de carinho, ganham remédios e exames sofisticados.

O período de internação varia de três dias a oito meses. Quem mais fica por aqui são as tartarugas marinhas. Guarujá e São Vicente são as duas cidades da Baixada Santista onde mais aparecem tartarugas marinhas. Elas vêm se alimentar nos costões rochosos. Mas, além de comida, algumas vezes encontram redes de pesca que podem provocar a morte de muitas delas.

Uma tartaruga verde acaba de chegar à ilha. Por pouco não morreu enroscada. Vai receber uma atenção especial nos próximos dias. A expectativa é que ela e outras, já em tratamento, se recuperem em breve.

Até o fim do ano devem repetir essas cenas: uma por uma tartarugas sendo soltas e logo sumindo de vista. A última devolvida ao mar parecia não esconder a alegria de reencontrar a liberdade.

Em dois anos de trabalho, o centro de recuperação da Ilha dos Arvoredos, no litoral de São Paulo, já tratou de 230 animais marinhos. Trinta pessoas trabalham lá. Muitas são voluntárias.

Fonte: Bom Dia Brasil/G1

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