Quem acha que o cachorrinho de estimação é um integrante da família e deve ir ao passeio no shopping precisa ter cuidado para evitar constrangimentos. Na cidade de São Paulo, nem todos permitem a entrada dos bichos. Há aqueles que só autorizam se o animal ficar no colo. Cães grandes, quando podem entrar, só com focinheira. Mas todos são unânimes: animais não circulam nas praças de alimentação.
“Acho que os cães são mais companheiros e assim gostamos de ir a todos os lugares com eles”, afirma a médica Alice Yamada, de 49 anos, que na noite da quinta-feira (20) passeava com seu cão Mut Ze no Shopping Jardim Sul, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo.
Ali, as regras são: cães de médio e pequeno portes são permitidos. Se forem considerados bravos, devem estar com focinheiras. Todos precisam estar com a coleira e, em caso de usar as escadas rolantes ou o elevador, o tutor tem que pegar o animal no colo. “Normalmente, as pessoas gostam (da Mut Ze), as crianças brincam com ela. Eu me socializo e a cachorra também”, diz Alice.
Ansiosa, a pequena Isabela, de 7 anos, esperava por Bernardo, um cão da raça shih-tzu, que tomava banho em um pet shop do shopping. Para o comerciante Ricardo Lemos, de 34 anos, pai da menina, deixar cachorros entrar em shoppings é uma questão de segurança. “Acho bom porque na rua você pode ser assaltado, sequestrado. Aqui, corremos menos risco”, conta ele, que também estava no Jardim Sul.
Sem permissão
Na capital, não é permitida a entrada nos cãezinhos em cinco locais: Shopping Metrô Santa Cruz, Shopping Ibirapuera, Mega Polo Moda, Shopping Panamby Jaraguá e Shopping Metrô Tatuapé. Outros empreendimentos autorizam a entrada apenas de cachorros de pequeno e médio portes. Em alguns casos, só no colo (veja a lista completa abaixo).
No Shopping Frei Caneca, por exemplo, na região central, cachorro grande só entra por uma porta especial, que dá acesso direto ao pet shop. É o único local onde podem andar. Há uma semana, um adesivo foi colado na porta de entrada, informando sobre a restrição.
Para os tutores de cães, mais do que autorizar o “cliente canino”, é preciso bom senso. “A desvantagem do cachorro no shopping é que não pode deixar ele fazer as necessidades no chão. Mesmo que você limpe, fica chato”, afirma Ricardo Lemos.
A médica Alice concorda e se previne de duas formas: dá uma volta na rua com a cachorrinha antes de entrar no shopping e carrega saquinhos plásticos no bolso. “É um pouco desagradável. Tem tutor que extrapola e até vai com o cachorro na área de alimentação”, afirma.
“Tudo é o bom senso. Eu trago porque ela é quieta. Shopping é um lugar que tem muita gente. Alguns gostam de cachorro, outros não”, diz a atendente de telemarketing Ana Paula Araújo Ferreira, de 21 anos, mãe da poodle Julie.
Veja aqui as regras de cada shopping:
Fonte: G1