Um dos menores golfinhos do mundo são os “golfinhos panda”. Esses animais medem até 1,8 metros e têm uma coloração preta e branca – tornando óbvio o motivo de seu apelido. Mas não é apenas sua aparência que chama atenção, pois quem os observar irá notar um comportamento inusitado: eles nadam de cabeça para baixo.
Esses animais, também conhecidos como golfinhos-de-commerson, são divididos em duas subespécies: Cephalorhynchus commersonii commersonii, encontrada na América do Sul; e Cephalorhynchus commersonii kerguelenensis, que vive a cerca de 8,5 mil km de distância de seus parentes, nas Ilhas Kerguelen, localizadas no Oceano Índico. Os primeiros pesam cerca de 45 quilos, enquanto seus primos do Índico chegam até 86 quilos.
A título de comparação, a espécie mais comum da família Delphinidae, o golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis), pode pesar de 100 a 140 quilos, com um comprimento de até 2,7 metros.
O padrão de coloração preta e branca é visto em diversas espécies de animais e sua causa está ligada ao leucismo, ou albinismo parcial, que ocorre quando há uma falta de pigmentação em seres que geralmente são coloridos. No caso dos golfinhos, acredita-se que essa condição pode ser uma forma de camuflagem que melhora suas chances de caça.
Além disso, o nado de cabeça para baixo também pode contribuir para a caça, permitindo que o golfinho veja melhor suas presas, que incluem peixes, lulas e invertebrados de fundo do mar.
“Eles são enérgicos e ativos, muitas vezes fazendo padrões de nado em forma de oito embaixo de barcos, girando embaixo d’água e saltando para fora da água. Os golfinhos-de-commerson também parecem gostar de surfar em ondas próximas à costa”, afirma a associação de conservação global Whale And Dolphin Conservation.
Quanto ao status de conservação desses golfinhos, felizmente, este é de “pouca preocupação”, segundo a lista vermelha de preservação de espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
Fonte: Galileu