Por Lobo Pasolini (da Redação)
É um triste fato da filantropia direcionada a humanos que esta não veja que caridade boa deve ser universal. Nem todas as organizações que trabalham para promover o bem-estar humano pensam assim, mas muitas infelizmente colocam o que elas percebem ser o direito absoluto da nossa espécie sobre os animais e também a natureza.
Um exemplo dessa postura antropocêntrica é dado todos os anos pela mega ONG inglesa Oxfam, que doa animais para pequenos produtores rurais na África através de um esquema pelos quais pessoas no primeiro mundo compram animais e os presenteiam.
Uma outra que promove este tipo de escravização de animais em nome do ‘fazer o bem’ é uma chamada World Vision, uma organização cristã sobre a qual a revista Time escreveu recentemente em um artigo sobre presentes caridosos.
O artigo informa que cabras são o presente mais popular vendidos pela World Vision. 50 mil indivíduos foram dados para famílias ao redor do mundo no ano passado. O presente custa $75 e o doador recebe um email ou carta sobre o caprino cuja escravatura ele ou ela financiou.
O fato de que essas ONGs pensam que é possível promover justiça social com a escravidão alheia é muito preocupante e exemplificam um tipo de humanismo anacrônico e pré-ambientalismo que não tem lugar na nova ordem que a vanguarda ética tenta construir. Como diz o velho slogan, justiça deve ser para todos.
As informação são do jornal Time.com.