EnglishEspañolPortuguês

ESPERANÇA

Conheça o Barti, o mais novo filhote de onça-pintada que vive nas matas do interior de São Paulo

14 de julho de 2023
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Fundação Florestal/Divulgação

Tem um novo filhote de onça-pintada caminhando pelas matas na região de Itapetininga, interior de São Paulo. É o Barti, felino identificado recentemente por um projeto de monitoramento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Contínuo Ecológico de Paranapiacaba.

Diminutivo de Bartira – do tupi, flor -, o nome do “bebê” foi escolhido por uma enquete feita pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). O resultado foi divulgado, nesta última quinta-feira (13), nas redes sociais.

Conheça Paulinho e Kelly, o casal de chimpanzés que vive no Zoológico de Sorocaba

A descoberta do filhote, cujo sexo ainda não foi identificado, foi possível através de armadilhas fotográficas – equipamentos instalados no meio da floresta e que começam a gravar quando é detectado movimento.

Nas imagens, é possível ver Barti caminhando logo atrás da mãe, a onça Lady Rebelde.

Ao g1, Thiago Conforti, gestor do Parque Estadual Intervales, contou que a descoberta do filhote traz esperança aos pesquisadores.

“Filhote é sempre algo que a gente tem que comemorar, algo que cria uma expectativa de futuro, principalmente porque não é um filhote pequeno. Ele já passou do primeiro ano de vida certamente, que é a fase mais difícil da vida das onças-pintadas”.

Esperança pois nos últimos oito anos, cinco onças morreram vítimas da caça ilegal e atropelamentos nas florestas do interior de São Paulo.

“Isso é uma tragédia, é um caos (…) quando você vê um filhote, que já passou da fase inicial da vida, é super importante para no nível de conservação (…) e também para gente conseguir engajar as pessoas a se apropriarem disso. As pessoas precisam saber que eles moram em uma região onde nunca deixou de existir [a espécie] e isso é uma questão de qualidade ambiental, quando você tem uma floresta com onças, você pode afirmar que essa floresta está conservada”.

Os pesquisadores do projeto estimam que 35 onças-pintadas vivem na reserva ecológica, que engloba os parques estaduais Intervales, em Ribeirão Grande, Nascentes do Paranapanema, em Capão Bonito (SP), Caverna do Diabo e Turístico do Alto Ribeira (Petar), na região do Alto do Ribeira.

Contudo, os responsáveis destacam que as armadilhas fotográficas não registraram todas as onças da região, pois “elas percorrem grandes distâncias e não necessariamente utilizam trilhas em que existam câmeras trap. Porém, acredita-se que o programa de monitoramento está muito próximo de conhecer todas as onças que circulam no Contínuo”.

Como as onças-pintadas são identificadas?

Atualmente, dois projetos de conservação são realizados no Contínuo Ecológico de Paranapiacaba, sendo o “Monitora BioSP” – que monitora a biodiversidade nos parques estaduais, gerando dados sobre a fauna local, que direcionam políticas públicas de conservação das espécies – e também o “Onças-Pintadas do Contínuo de Paranapiacaba”, que é uma parceria do ICMBio com a Fundação Florestal, que trabalha com estimativa populacional das onças-pintadas há mais de 15 anos.

Assim como os humanos, as onças-pintadas também possuem um padrão único de identificação. São as rosetas, manchas pretas circulares da pelagem de cada animal, que funciona como uma impressão digital. “[Assim] a gente consegue identificar e nomear os indivíduos”, explica Thiago.

Fonte: G1

    Você viu?

    Ir para o topo