Uma chimpanzé, agora com 25 anos, foi treinada e obrigada a acender e fumar 40 cigarros por dia durante 5 anos. Azalea era incentivada por seus treinadores com o intuito de entreter visitantes do zoológico de Pyongyang, na Coreia do Norte.
Em um movimento que abalou os ativistas dos direitos animais do mundo todo, Azalea – cujo nome coreano é Dallae – fascinava as pessoas acendendo cigarros usando um isqueiro, além disso sabia fazer uma pequena dança e agradecer ao público.
Azalea se tornou a atração principal do zoológico em 2016, depois que o parque foi reformado atendendo as ordens do líder Kim Jong-un de que fossem modernizados todos os centros de lazer na capital tornando-os mais impressionantes.
O zoológico, localizado na capital do Estado secreto, é considerado um projeto de estimação do líder – e ao longo dos anos surgiram muitos contos sobre exposições bizarras e espetaculares.
Há boatos não confirmados de que, entre as atrações, existem macacos que jogam basquete, um papagaio que pode recitar um ode ao ex-tirano Kim Il Sung e cães que parecem contar usando ábacos.
Mas enquanto Azalea e seu vício em cigarros impressionou algumas pesssoas, também atraiu indignação de ativistas que classificaram o espetáculo como “cruel”.
Ingrid Newkirk, presidente da People for the Ethical Treatment of Animals, afirmou que era “extremamente cruel viciar voluntariamente um chimpanzé em tabaco para diversão humana”.
Os tratadores do zoológico, no entanto, diziam que Azalea não tragava os cigarros, apenas puxava e soltava a fumaça.
Depois de uma série de protestos e alertas, os treinadores retiraram o truque cruel e a chimpanzé ficou livre desta imposição.
O especialista em zoologia sueco Jonas Walhstrom estava entre aqueles que protestavam contra a crueldade sofrida por Azalea e alertava que o fumo tinha que parar imediatamente.
Jonas, que é o diretor administrativo de um parque de vida selvagem em Estocolmo, completou mais de duas dúzias de viagens ao zoológico nos últimos 30 anos para ajudar os funcionários – mas ficou furioso quando viu Azalea acendendo um cigarro.
“Eu disse a eles que não é absolutamente possível e ético fazer isso”, disse ele ao jornal britânico The Sun Online.
“Felizmente eles pararam com isso, agora, pelo menos eles me disseram que pararam.”
“Estou me esforçando para ensinar a eles melhorias no tratamento com os animais. Eu tento fazer com que eles arborizem mais os locais onde vivem os chimpanzés e outros bichos. É um pouco lento, mas finalmente eles ouviram o que estou tentando dizer.
Jonas descreveu seu trabalho com o zoológico como apolítico e disse que sua motivação era garantir a qualidade de vida dos animais no zoológico e o máximo possível de bem-estar das espécies.