Uma cadela idosa, que vivia à própria sorte numa comunidade do Rio de Janeiro, foi vítima de uma crueldade sem limites, em 2017, quando introduziram um rojão em seu ânus,que veio a explodir quando ela tentou retirá-lo, causando ferimentos terríveis no rabo e no focinho.

A ONG Paraíso dos Focinhos tomou conhecimento da situação e a resgatou. No entanto, a cadela teve que passar por mais de 4 cirurgias, acabou perdendo o rabo e teve que ser submetida a vários procedimentos para a reconstrução do focinho.

A recuperação dela não foi fácil, mas Hanri Soares, fundadora do Paraíso dos Focinhos, e sua equipe não mediram esforços, pois acreditam que todos os animais merecem uma segunda chance.

Como sequela, Dricka ficou com uma grande cicatriz na boca, mas acabou se tornando sua marca registrada e o símbolo de como lutou para sobreviver. E ela se tornou a representante da ONG em campanhas nas redes sociais, reality show virtual, além de participar de matérias em revistas, jornais e programas de TV.

Nas instalações do Paraíso dos Focinhos, Dricka convivia com as cadelas Katarina e Lily, que também ficaram com cicatriz no focinho decorrente de crime de maus tratos.

Há poucos dias Dricka, que estava com 14 anos, não resistiu a uma crise renal aguda e problemas decorrentes da situação em que vivia antes de ser resgatada e faleceu. Mas deixou além de muita saudade, um legado de como lidar e superar as adversidades para quem teve o privilégio de  conviver com ela e seus milhares de seguidores nas redes sociais.