A Associação Vida Animal (AVA) desenvolve projetos para controle populacional e bem-estar dos animais há quase 15 anos, em Ribeirão Preto, SP. Entre as lutas da instituição estão a regularização dos carroceiros e o fim de espetáculos que usam animais.
Começo
A AVA foi criada em 1996, quando o casal formado pela artista plástica Maristela Romano e o arquiteto Paulo Ferraz, que faziam parte da ONG de proteção ambiental Pau-Brasil, perceberam que em Ribeirão Preto faltavam ações efetivas para o controle populacional dos animais.
Segundo a presidente da AVA, Maria Cristina Dias, na época os cuidados com os animais domésticos eram feitos apenas por ações paternalistas, sem pensar efetivamente em questões como a prevenção de novas crias e o recolhimento.
Preocupada com a questão, a instituição começou os seus atendimentos para processos como o de castração em 5 de julho do mesmo ano, na sede da Pau-Brasil, onde ficou por cinco anos.
Após o período, a instituição conquistou o seu próprio prédio, doado pela professora, atualmente aposentada, Nair Carreira, a quem a presidente da AVA chama de “primeira dama da proteção animal em Ribeirão Preto”.
“A Nair foi a primeira protetora da cidade e é associada da ONG até hoje”, disse.
Atendimento
De acordo com Maria Cristina Dias, é importante lembrar que a AVA não é um abrigo para animais, mas sim uma instituição que atende os animais de rua e de pessoas carentes gratuitamente.
Atualmente, a instituição conseguiu atingir o mesmo volume de castração de animais que o Centro de Controle de Zoonoses, que é administrado pela prefeitura da cidade.
Em 2010, os dois locais fizeram 800 atendimentos do tipo, o que segundo a presidente da ONG é muito importante por potencializar o controle populacional.
Os protetores da instituição não trabalham apenas dentro da sede, pois a AVA costuma se envolver em praticamente todas as questões ligadas a proteção animal na cidade.
Um dos exemplos é o movimento pela conscientização do abuso no uso de animais em circos, que há cinco anos foi discutido pela AVA.
“Na época fizemos protestos e nenhum circo com animal se apresentava, mesmo antes da lei estadual que proíbe esse tipo de espetáculo”, diz Maria Cristina.
Entre as ações atuais, a presidente da instituição diz que um dos grandes desafios é o rodeio.
“Não somos contra a festa, mas sim contra o uso do sedém (cinta de couro utilizada para causar desconforto ao animal e fazê-lo pular)”, diz.
Outra batalha da ONG é a regulamentação dos carroceiros na cidade.
Como ajudar
Existem muitas formas de colaborar com a Associação Vida Animal, uma delas é fazendo doações mensais a partir de R$ 10. As contribuições dão direito aos associados receberem descontos no atendimento veterinário na instituição e em 20 clínicas parceiras.
Outras doações como as de medicamentos, rações e todo tipo de material utilizado no trato com os animais são aceitas.
A AVA também precisa de voluntários, que podem colaborar no trabalho na sede, em eventos para arrecadar fundos ou até mesmo fazendo projetos de marketing ou de atualização do site da instituição.
Para os interessados em adotar gatos ou cães, a ONG promove feiras mensais, onde disponibiliza cerca de 30 animais castrados, vermifugados e com a primeira dose de vacina aplicada.
As feiras acontecem na Avenida Nove de Julho, 1209 e a próxima acontece no dia 21 de maio.
Para se tornar associado da AVA, fazer doações ou se oferecer para trabalho voluntário, acesse o site da ONG, ligue no (16) 3632-1054, ou visite a sede, que fica na Rua João Ramalho, 179.
Fonte: EP Ribeirão