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Conheça 10 animais que podem desaparecer em breve no Brasil

6 de dezembro de 2011
16 min. de leitura
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O bugio-marrom (Alouatta guariba guariba) sofre com a venda ilegal como animal de estimação, o que pode levar ao desaparecimento da espécie (Foto: Ironmanbr/Divulgação)

Você sabia que o Brasil abriga 13% de todas as espécies já descritas pela ciência? E que aproximadamente 40% das florestas tropicais do mundo estão aqui? E você sabia que mais de 600 animais estão ameaçados de extinção no país? Esses são dados do Ministério do Meio Ambiente que mostram o lado obscuro da vasta biodiversidade brasileira.
O estudo que mapeia a nossa fauna em risco de extinção assusta. A Lista Vermelha brasileira registra 627 espécies que podem deixar de existir nos próximos anos. São 394 animais terrestres e 233 aquáticos. Todas as informações estão reunidas no Livro Vermelho, elaborado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), segundo o qual, 64% dos animais em extinção estão na Mata Atlântica – resultado de desmatamentos, ocupação territorial pela população humana e poluição de rios e oceanos.
O que é ruim pode ficar pior: algumas espécies ainda ganham o carimbo CR ao lado de seus nomes, sigla em inglês para criticamente em perigo, ou criticamente ameaçado de extinção. No total, são 125 nesta situação.
Conheça agora 10 animais que estão criticamente em perigo e algumas medidas que podem evitar sua extinção nos próximos anos:
1 – Cuíca-de-colete (Caluromysiops irrupta)
A cuíca-de-colete pode morrer pela “preguiça”. Com movimentos lentos e passando 70% do seu tempo em descanso, este mamífero tem sido alvo fácil para caças tornando-se uma das espécies ameaçadas de extinção no Brasil.
O animal vive no norte dos Estados do Maranhão e Ceará e se alimenta basicamente de frutas. Os machos são negros, com as extremidades dos membros, cauda e parte do dorso em tom ruivo e a lateral com pelos dourados. Já a coloração das fêmeas é, na maioria das vezes, pardo-amarelada, com uma tonalidade olivácea.
É o que explicam os biólogos Marcelo Marcelino de Oliveira e Juliana Gonçalves Ferreira, ambos do Centro de Proteção de Primatas Brasileiros (CPB) que afirmam que em algumas localidades, como na serra da Ibiapaba (CE), parece existir uma caça preferencial por esses animais. No município de Cocal (PI), as últimas populações já estão condenadas a desaparecer muito em breve.
O que pode ser feito
Oliveira e Juliana salientam a importância da localização e do mapeamento das populações remanescentes da espécie, assim como a avaliação sobre a situação de ameaça em cada localidade. De acordo com eles, a fiscalização contra a caça é a principal estratégia de ação para a maioria das localidades, especialmente ao longo da serra da Ibiapaba (CE).
Em áreas muito fragmentadas, como as matas remanescentes no vale do rio Longá (PI), a criação de um conjunto de Unidades de Conservação é necessária para uma ação mais efetiva contra a caça, envolvendo principalmente as áreas de mata das fazendas desapropriadas para reforma agrária, tanto pelo governo federal quanto pelo estadual. Os pesquisadores afirmam que as populações que habitam a Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Parnaíba (PI) e a Reserva Extrativista da Foz do Rio Parnaíba (MA) já estão protegidas.
2 – Baleia-azul (Balaenoptera musculus)
Com o título de maior animal do planeta, a baleia-azul pode desaparecer do Brasil justamente por seu tamanho. Esses mamíferos medem entre 25 m e 30 m – sendo as fêmeas maiores e mais pesadas do que os machos. Todo este tamanho proporcionava um alto rendimento à atividade comercial baleeira até os anos 60, quando passou a ser protegida pela Comissão Internacional Baleeira (CIB).
Apesar de a baleia não ser mais capturada nos dias de hoje, segundo os biólogos Eduardo Sehhci, do Laboratório de Mamíferos Marinhos (Morg) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), e Paulo Ott, do grupo de estudos de mamíferos aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), a grande caça do passado é a principal responsável por sua extinção. Eles ressaltam que só nos anos de 1930 e 1931, mais de 30 mil exemplares foram caçados no mundo. Além disso, as capturas acidentais em equipamentos de pesca, colisão com embarcações e degradação do hábitat (poluição química e sonora) são outros fatores que representam risco para este mamífero.
Os pesquisadores afirmam que o animal migra sazonalmente para regiões polares ou subpolares, onde se alimenta no verão e início do outono, indo para os trópicos e subtrópicos para a reprodução no inverno e na primavera. No Hemisfério Sul, a localização precisa das áreas reprodutivas da espécie é ainda desconhecida. Mas já houve registos de sua aparição no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e na Paraíba, onde dois exemplares foram capturados comercialmente.
O que pode ser feito
Os pesquisadores salientam que, por se tratar de uma espécie migratória, sua conservação depende de acordos e esforços de proteção nacionais e internacionais. Dentre elas, pode-se destacar a necessidade de avaliar, em nível global, o número de capturas acidentais em atividades pesqueiras; atividades sísmicas e extrativistas (gás natural e petróleo); colisões com embarcações; degradação do hábitat; estimativas de parâmetros reprodutivos e taxas de crescimento populacional e determinação de rotas migratórias e áreas de concentração.
3 – Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus)
O mico-leão-preto vive na Mata Atlântica e, em breve, pode desaparecer. Esta espécie de macaco está ameaçada devido à alteração do seu habitat natural, principalmente por desmatamentos. Os biólogos Claudio Padua e Cristiana Saddy, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), afirmam que a maior população da espécie ocorre no Morro do Diabo (SP). Esta Unidade de Conservação, gerenciada pelo Instituto Florestal de São Paulo (IF), abriga cerca de mil exemplares, que vivem em 37 mil hectares de floresta.
De acordo com os pesquisadores, este mamífero é considerado um fauni-frugívoro (que se alimenta de frutas), mas tem uma dieta influenciada pela sazonalidade de seu ambiente, que apresenta estações bem marcadas, utilizando os recursos alimentares de acordo com sua disponibilidade. São excelentes predadores, capturando aves e pequenos vertebrados. Com peso de cerca de 600g e atingindo a maturidade aos 18 meses de vida, o mico-leão-preto tem um período de gestação de cerca de 125 dias. Além disso, o gênero é considerado monógamo, e a reprodução ocorre sazonalmente.
O que está sendo feito
Um programa de conservação da espécie, chamado de Programa Integrado de Conservação do Mico-Leão-Preto, que inclui a criação de uma população de cativeiro, além do manejo genético e demográfico. Lá as principais resoluções para a espécie concentram-se em três tópicos básicos: a necessidade de manejar as pequenas populações isoladas como uma só, a fim de garantir sua sobrevivência; a expansão e criação de áreas protegidas para as espécies e melhor gerenciamento das já existentes; e o estabelecimento de programas com as comunidades locais, visando melhoria da qualidade de vida e ações de desenvolvimento sustentável.
4 – Bugio-marrom (Alouatta guariba guariba)
Pense duas vezes antes de comprar um bicho exótico para colocar de enfeite na sua casa. A fragmentação da Mata Atlântica, o desmatamento de grandes porções da cobertura vegetal nativa e, principalmente, o comércio ilegal do animal, que é vendido como bicho de estimação, podem resultar no desaparecimento do primata bugio-marrom da Mata Atlântica.
O biólogo André Hirsch, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) explica que a dieta deste mamífero é basicamente folívora, que se alimenta de folhas. Além disso, ele salienta que sua principal característica é o fato de as populações viverem em grupos de três a oito indivíduos. Hirsch afirma que a caça ilegal e os incêndios florestais, comuns na Mata Atlântica, têm resultado no desaparecimento do animal.
O que pode ser feito
De acordo com o pesquisador, as principais propostas para estratégias de conservação são estudos para o levantamento de possíveis populações remanescentes, principalmente no leste de Minas Gerais, vale do médio e baixo rio Jequitinhonha e centro-sul da Bahia. Com isso, deve ocorrer o desenvolvimento de um programa de criação em cativeiro, com cruzamento de indivíduos procedentes de localidades diferentes da área para aumentar a variabilidade genética.
5 – Rato-do-mato (Wilfredomys oenax)
Rato que não come queijo e nem vive escondido nas paredes da sua casa. Já viu? O Wilfredomys oenax é uma espécie encontrada em São Lourenço (RS), no Paraná e em São Paulo. O biólogo Rui Cerqueira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que este animal se alimenta somente de vegetais, folhas e frutos, e ainda mora na floresta. Grande roedor, esse mamífero pode sumir nos próximos anos.
Medindo cerca de 11 cm, com mais 2,5 cm de cauda, e pesando 1 kg, esta espécie está ameaçada principalmente por desmatamentos e destruição de seu habitat. Cerqueira afirma que ainda faltam mais estudos sobre este animal para que ele possa ser protegido de forma efetiva. Apesar de uma fêmea dar a luz até 10 ninhadas por ano, a possibilidade de extinção ainda é alta.
O que está sendo feito
Novos exemplares devem ser coletados para estudos citogenéticos e moleculares que permitam compreender melhor a espécie. O pesquisador afirma que a única informação ecológica é a sua ocorrência em florestas e um esforço deve ser feito nas poucas matas restantes para que se possa compreender melhor a biologia do animal. Segundo ele, no Uruguai um esforço de coleta de 4,4 mil armadilhas por noite resultou na captura de somente quatro exemplares. “Talvez um esforço maior de coleta permita a obtenção de mais exemplares e de estimativas de densidades populacionais. Só com essas informações uma estratégia efetiva de conservação é possível”, diz.
6 – Lambari Hyphessobrycon taurocephalus
Ou esta espécie de peixe lambari já está extinta ou ela é muito tímida e anda se escondendo nas águas do rio Iguaçu (PR). Esta é a principal dúvida dos pesquisadores, que hoje se debruçam para achar e estudar a espécie em águas brasileiras. Este peixe é onívoro e seu tamanho médio é entre 10 e 15 cm de comprimento. O corpo é prateado, e as cores das nadadeiras variam, sendo mais comuns os tons de amarelo, vermelho e preto.
Hyphessobrycon taurocephalus é uma espécie pequena de lambari (até 5,5 cm de comprimento total). De acordo com os biólogos Luiz Fernando Duboc e Vinicius Abilhoa, do Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI), apesar do considerável esforço para conseguir amostras, nos últimos anos na bacia do rio Iguaçu, a espécie não foi reencontrada. Contudo, ainda restam muitas localidades na bacia do rio a serem adequadamente pesquisadas. Por conta disso, esta espécie tanto pode estar já extinta, como pode ocorrer em habitat muito específico.
A construção de barragens é um dos principais problemas enfrentados no rio Iguaçu, uma vez que resulta na perda de habitats. Além disso, as construções resultam em cursos de água menores que são prejudicais à espécie em função de volume reduzido de água e maior interface com o meio terrestre.
O que está sendo feito
Segundo os pesquisadores, atualmente os esforços são voltados para estudos sobre o conhecimento de aspectos biológicos e de distribuição atual da espécie, tendo em vista a incerteza quanto à sua real área de ocorrência.
7 – Cação-bico-doce (Galeorhinus galeus)
Caracterizado pelo pequeno tamanho da segunda nadadeira dorsal (bem menor que a primeira e semelhante ao da nadadeira anal) e pelos dentes fortemente serrilhados, este peixe vive na costa sudeste-sul do país e corre risco de extinção devido à pesca.
As biólogas Carolus Vooren, da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Rosangela Lessa, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), explicam que o cação-bico-doce tem um ciclo de vida longo, podendo chegar até os 33 anos de idade. Atingindo comprimento máximo de 175 cm (machos) e 195 cm (fêmeas), esta espécie apresenta uma longa história de exploração em diversos países, para aproveitamento da carne e do óleo. No Atlântico Sul Ocidental, existe uma população regional distribuída desde o Rio Grande do Sul até a costa norte da Patagônia. A população migra para a Plataforma Sul no inverno, quando é alvo da pesca industrial com redes de arrasto e de emalhe.
Relatório do grupo de especialistas em tubarões (SSG, 2004) aponta que esta espécie apresenta colapso de seus estoques no Pacífico Oriental e no Brasil, enquadrando-a como espécie globalmente ameaçada. A espécie ainda sofre com a degradação de seu habitat. Os declínios populacionais mais marcados têm ocorrido no Brasil e no Uruguai, onde a Captura por Unidade de Esforço (CPUE), que consiste na pesca que mede a quantidade de espécie de peixe encontrada em determinada região, caiu para níveis próximos de zero.
O que está sendo feito
As pesquisadoras afirmam que atualmente não há medidas de conservação ou manejo estabelecidas no Brasil. Mas a proibição da captura do cação-bico-doce é recomendada em nível regional, envolvendo Brasil, Uruguai e Argentina.
8 – Borboleta Actinote zikani
O Brasil pode ficar menos colorido caso se confirmem os riscos de extinção das borboletas. Esse inseto é o que mais possui espécies ameaçadas na lista dos CR (criticamente em perigo) no Livro Vermelho. Ao todo são 20 tipos de borboletas, todas sem nome popular específico. Uma delas é a Actinote zikani.
De acordo com os biólogos André Freitas e Keith Brown Jr, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Actinote zikani é uma espécie bastante ligada a áreas de topo. No Brasil, ela habita uma área estreita da Serra do Mar, entre o alto da serra de Cubatão e Salesópolis (SP). Com as asas em tom de preto e amarelo queimado, essa borboleta deve desaparecer nos próximos anos por causa da poluição.
Freitas e Brown Jr afirmam que a degradação do habitat é o principal problema, sendo a poluição do Parque Industrial de Cubatão (SP) o maior deles, já que pode ter sido o responsável pelo desaparecimento da colônia dessa borboleta do Alto da Serra paulista.
O que está sendo feito
Os pesquisadores afirmam que atualmente ocorre uma manutenção de toda a faixa de floresta para garantir um habitat favorável à espécie na Serra do Mar, em São Paulo.
9 – Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
A plumagem da cabeça e do pescoço é azul-esverdeada, o anel perioftálmico (região da cabeça) é amarelo e o resto do corpo é azul. Com as cores da bandeira do Brasil, a arara-azul-de-lear corre o risco de sumir do nordeste da Bahia, onde habita. O motivo? A captura para comércio ilegal.
De acordo com Yara Barros, da Coordenação de Proteção de Espécies da Fauna (Cofau) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a espécie foi descoberta na natureza apenas em 1978, no nordeste da Bahia, ao sul do Raso da Catarina, onde vive até hoje. Estimativas atuais indicam que a população é de aproximadamente 500 exemplares. A principal ameaça à espécie é a captura para o comércio ilegal, que tem sido muito frequente, principalmente pela ausência de ações de fiscalização regulares.
Há ainda outra razão para seu possível desaparecimento. O principal alimento da arara-azul-de-lear é o coco da palmeira licuri (Syagrus coronata), que está escasso. A falta deste alimento é um dos motivos de sua possível extinção, já que se estima um consumo diário de 350 cocos por arara adulta. O que ocorre é que há pouca regeneração da palmeira do licuri, principalmente por causa das queimadas e derrubadas para plantio de roças. A diminuição na quantidade de licuri disponível faz com que as araras busquem alimento em plantações de milho, onde acabam sendo alvejadas pelos produtores.
O que está sendo feito
Instituições como o Instituto Chico Mendes (ICMBio) realizam ações protetivas, como o fortalecimento da legislação vigente de proteção da fauna, em especial aquela referente à proteção da espécie e seu habitat. Entre elas, incentivo a práticas agrícolas eficazes e de baixo impacto ambiental, ampliação da extensão de áreas protegidas dentro da área de ocorrência da espécie, fiscalização efetiva, pesquisa biológica, incluindo manejo de ninhos, busca por novas populações, monitoramento do status populacional, mapeamento, monitoramento e manejo das áreas de alimentação. Além disso, estão sendo desenvolvidas ações como o estabelecimento de novos centros de reprodução em cativeiro, que conta atualmente com 39 exemplares dispersos pelo Brasil, Qatar e Inglaterra. A estratégia do programa é aumentar a população desta ave em laboratórios.
10 – Pato mergulhão (Mergus octosetaceus)
Esta ave é uma das mais ameaçadas de extinção em toda região neotropical por causa da interferência do homem em seu habitat. Já extinta na Argentina e Paraguai, o Mergus octosetaceus ainda existe no Brasil, mas somente em quatro Estados: Paraná, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Estima-se que existam menos de 250 aves no País.
De acordo com o biólogo Luís Fábio Silveira, da Universidade de São Paulo (USP), o pato-mergulhão é o único representante da Tribo Mergini em que o macho auxilia no cuidado com os filhotes. Alimenta-se principalmente de peixes, que pesca com o auxílio de seu bico serrilhado, em mergulhos feitos principalmente nos remansos. Silveira salienta que esta é uma espécie altamente exigente com relação à qualidade de seu habitat, necessitando de águas límpidas e não tolerando bem a presença humana. Segundo ele, este é o principal motivo que ameaça a vida dessas aves: não existe mais um habitat totalmente limpo.
O biólogo explica que as atividades de mineração, drenagem e agricultura foram desastrosas para a espécie. A construção de barragens, que altera todo o regime hidrológico dos rios, tem efeitos drásticos sobre estes animais, que não vive em lagos ou outros ambientes lênticos, onde a massa de água apresenta-se parada, sem correnteza. Isso foi o golpe final nas populações argentinas e paraguaias, e tal situação pode se repetir no Brasil, especialmente nas populações que ainda sobrevivem nas bacias dos rios Tocantins e Paraná.
O que está sendo feito
Apesar de sua raridade, só recentemente o pato-mergulhão foi objeto de iniciativas mais sérias com vistas à sua conservação. O Instituto Terra Brasilis conduz, desde 2001, um programa de pesquisas e educação ambiental na região do Parque Nacional da Serra da Canastra (MG), onde vivem cerca de 40 casais da espécie. As principais estratégias para a conservação dessa ave referem-se à procura por novas populações e pesquisas sobre a sua história. São também importantes a criação de áreas protegidas nos locais onde a espécie ocorre, especialmente nos estados da Bahia e Tocantins. A ampliação dos limites do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e a retomada dos limites do Parque Nacional da Serra da Canastra também são medidas importantes para a conservação desta espécie.
Fonte: Terra

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