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AÇÃO HUMANA

Conflitos civis e guerras ameaçam sobrevivência de gorilas

2 de maio de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Pixabay

Agitações civis, guerras e exercícios militares ameaçam mais de 200 espécies de animais. Entre as espécies mais vulneráveis estão os elefantes e os gorilas. Um relatório recente divulgado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) avalia os impactos causados por conflitos armados na habitat dessas espécies e revelou as consequências devastadoras da ação humana na natureza.

Os gorilas orientais, nativos da República Democrática do Congo, Ruanda e Uganda estão entre as principais vítimas. Os animais estão sendo mortos a tiros em exercícios militares ou mortos para consumo humano. Especialistas afirmam que em áreas onde há maior biodiversidade estão sendo assoladas por guerras e grupos terroristas. Não só um genocídio está ocorrendo no mundo animal, mas também o enfraquecimento dos esforços conservacionistas.

Foto: Pixabay

Durante a guerra de 1994 em Ruanda, por exemplo, 90 por cento dos grandes mamíferos no Parque Nacional de Akagara foram mortos para consumo. Uma grande área florestal também foi devastada. Milícias do Sudão foram responsáveis ​​pela morte de cerca de 2.000 elefantes na República Centro-Africana somente em 2007. O relatório também aponta que a Guerra do Vietnã acelerou a extinção dos rinocerontes-de-javan, que eram mortos para consumo e traficados.

Apenas nos últimos 30 anos, mais de 85.000 conflitos armados foram registrados em todo o planeta. Essas áreas cobrem cerca de 15% da terra. “À medida que a degradação ambiental e as mudanças climáticas se intensificam, é cada vez mais importante levar em consideração os vínculos entre o conflito e a natureza ao formular políticas de segurança, desenvolvimento e meio ambiente”, disse o economista-chefe da IUCN, Juha Siikamaki.

Foto: Pixabay

A União Internacional para a Conservação da Natureza reforça que a proteção do meio ambiente caminha lado a lado com a construção de um mundo mais pacífico. Mitigar conflitos armados são fundamentais para a sobrevivência dos animais e dos habitats e também dos seres humanos.

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