EnglishEspañolPortuguês

Confira dicas para viajar com seu animal

15 de fevereiro de 2012
4 min. de leitura
A-
A+
Foto: Friday / Fotolia

É sempre possível fazer uma viagem muito agradável na companhia de seu animal, desde que sejam obedecidos alguns procedimentos legais e todos os controles de fronteira.

É muito comum vermos pessoas viajando com seus animais dentro do automóvel se comportando de maneira inadequada, como por exemplo, o animal colocado no banco da frente com a cabeça para fora da janela, ou ainda , solto no banco de trás, pulando de um lado para outro, no colo dos passageiros, ou que é pior, no colo do próprio motorista. São todas situações de alto risco, conforme orienta a ambientalista, Vininha F. Carvalho, Presidente da Fundação Animal Livre.

Os animais, por mais inteligentes e bem educados que sejam, podem ter reações inesperadas causadas por barulho, estímulos externos, cheiros, etc. Nestes casos podem se movimentar de forma inesperada, distraindo a atenção do motorista, ou até mesmo se meter entre as pernas do condutor.

Em caso de acidente, um objeto de 10-15 kg pode, mesmo em velocidades relativamente baixas (50, 60 Km/h) ter um impacto equivalente a meia tonelada ou mais, podendo causar sérias lesões nos ocupantes. Além disso, numa situação destas, o animal certamente se machucará seriamente.

Segundo a presidente da Fundação Animal Livre , existem duas maneiras seguras para transportar os animais em automóveis:

Caixa de transporte

É o meio mais seguro, pois isola totalmente o animal, mantendo-o sob total controle. Evidentemente a caixa deve ter tamanho compatível com o cão.

Além disso deve ser amarrada firmemente à estrutura do carro. Seu inconveniente é o tamanho. Para quem tem caminhonete, sport utility, van ou perua grande, é uma ótima solução. Já num carro compacto, se transforma em um problema.

Cinto de segurança

É uma ótima solução, permitindo que o animal fique próximo aos donos, mas com a mobilidade restrita. Existem cintos especiais para animais, dimensionados de acordo com o tamanho e tipo do bicho. Estes cintos devem ser atados ao cinto de segurança do automóvel e ajustados conforme as necessidades.Lembre-se que o animal deve sempre ficar no banco traseiro.

O Código Brasileiro de Trânsito estabelece dois artigos que os tutores de animais não podem ignorar, afirma Vininha F. Carvalho :

Art: 235: Conduzir pessoas, animais ou cargas nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados. Essa infração é considerada grave. O tutor perde 5 pontos em seu prontuário .

Art: 252: Inciso II: Transportar pessoas,animais ou volumes à esquerda ou entre braços e pernas. Essa infração é tida como média. O tutor perde 4 pontos em seu prontuário .

Numa viagem interestadual, a Instrução Normativa Nº 18, de 18 de julho de 2006, Artigo 3º, estabelece que o trânsito de cães e gatos fica dispensado da exigência da GTA; para esse trânsito, os animais deverão estar acompanhados de atestado sanitário emitido por médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária da Unidade Federativa de origem dos animais, comprovando a saúde dos mesmos e o atendimento às medidas sanitárias definidas pelo serviço veterinário oficial e pelos órgãos de saúde pública, com destaque para a comprovação de imunização antirrábica.

Se a opção for viagem em navio, as condições variam segundo as companhias armadoras. Normalmente eles precisam ser alojados numa caixa construída para esse fim. Na maioria das vezes, os de tamanho pequeno podem viajar na cabine.

Nas balsas podem ficar dentro do carro. As tarifas variam de acordo com a classe da embarcação, do local do destino e período da travessia.

Nas aeronaves o transporte de cães pode ser admitido na cabine de passageiros,desde que estejam acondicionados em embalagens especiais e não acarretem desconforto aos demais passageiros. As companhias aéreas devem ser avisadas préviamente que o passageiro estará acompanhado de seu animal doméstico.Se pesarem mais de seis quilogramas viajarão no porão, como excesso de bagagem, pagando um suplemento por quilograma vivo, pesado com a caixa.

As companhias fornecem as caixas em vários tamanhos. Recomenda-se que se dê algum calmante ao animal, para evitar o estresse causado pelo ruído dos motores, confinamento, etc. Para o embarque do animal é obrigatório a apresentação do atestado de saúde passado pelo médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Veterinária (CRMV).

O transporte de cães treinados para condução de deficientes visuais, que dependem inteiramente dele, será permitido na cabine de passageiros, em adição à franquia de bagagem e livre pagamento. No entanto a companhia deverá ser avisada com antecedência, para evitar embaraços na hora do embarque.

Para uma viagem ao exterior é necessário que o animal passe por todos os controles de fronteira, sendo que cada país tem seus próprios tramites que permitem admissão de cães no seu território. É aconselhável informar-se na embaixada ou no consulado do país de destino sobre a documentação específica exigida, uma vez que as condições de admissão podem ter sido alteradas de um ano para o outro.

Fonte: Bagarai

Você viu?

Ir para o topo