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Confinamento de orcas é levado à Justiça nos EUA

7 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: PETA

Quando um indivíduo é retirado de sua casa à força, preso, obrigado a trabalhar e lhe é negada qualquer forma de liberdade, chamamos de “escravidão”. Em outubro de 2011, a PETA entrou com uma ação contra o parque aquático Sea World, na Flórida, em nome de cinco orcas selvagens capturadas. A ação sustenta-se no argumento de que os animais são escravizados e submetidos à servidão involuntária, violando o artigo 13º da Constituição dos EUA. O processo é assinado por três especialistas em orca e por dois ex-treinadores do parque, que podem afirmar que as condições em que as baleias vivem caracterizam-se como escravidão.

Os demandantes do caso, Tilikum, Katina, Kasatka, Ulises e Corky, foram capturados, arrancados de suas famílias e confinados em banheiras de concreto, onde são forçados a ganhar dinheiro para o Sea World entretendo os clientes com apresentações. Eles também foram transformados em máquinas de reprodução, para assim fornecer mais baleias para os cruéis shows do parque.

A ação pede que as cinco baleias sejam libertadas em um ambiente mais apropriado, como um santuário costeiro. Zonas protegidas no oceano dariam às orcas maior possibilidade de movimentar-se, assim como a oportunidade de ver, sentir e se comunicar com outros animais da mesma espécie e sentir as ondas. Com o tempo, elas poderiam até ser soltas no oceano para que tentassem se reunir novamente aos seus grupos.

Claro que o Sea World quer minimizar o caso, mas a equipe jurídica da PETA conseguiu que o problema fosse debatido no dia 6 de fevereiro, segunda-feira.

A mente jurídica afiada por trás desta ação revolucionária é Jeffrey Kerr, conselheiro geral da PETA. Kerr defende os animais há mais de 16 anos, além de atuar como conselheiro das filiais internacionais da PETA. O renomado advogado de Direito Civil, Phil Hirschkop, também se junto à equipe.

“Quarenta anos atrás eu lutei pelo direito fundamental que as pessoas têm de se casar com quem elas escolhessem, independentemente da raça. Agora estou lutando por estas orcas, pelo direito fundamental de serem livres da escravidão independentemente da espécie”, falou Hirschkop.

O meio jurídico está alvoroçado com a notícia e estudiosos têm apoiado o caso. “As pessoas poderão olhar para este processo e ver nele uma visão perspicaz de um futuro de mais compaixão por outras espécies diferentes da nossa”, disse Laurence H. Tribe, professor de Direito Constitucional de Harvard.

Ajude a PETA a fazer história em nome das orcas. Nunca compre um ingresso do Sea World ou de qualquer atividade que lucre ou seja sustentada pela escravidão de animais.

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