Ao invés de matar cães e gatos resgatados do abandono, os políticos do condado de Miami-Dade, na Flórida, Estados Unidos, estão propondo um imposto especial sobre propriedade que iria pagar para salvar os animais e colocá-los para possível adoção.
Parlamentares deram aprovação inicial nesta semana para um plano que iria levantar US$ 20 milhões anuais para o fundo destinado a animais domésticos, no valor de cerca de US$ 20 por proprietário de imóveis por ano.
O dinheiro seria usado para financiar uma variedade de programas para tornar o condado uma zona “sem sacrifícios”, onde pelo menos 90% dos animais abandonados seriam protegidos até que novas casas fossem encontradas. No ano passado, o condado matou, com a chamada “eutanásia” cerca de 12 mil animais.
Cada ano, perto de 8 milhões de animais abandonados são acolhidos por abrigos em todo o país, com quase metade deles sendo submetidos à morte quando não se encontram casas para eles, de acordo com a Associação Humana Americana, dedicada à proteção de animais.
O plano do condado de Miami-Dade incluiria a expansão de serviços gratuitos e de baixo custo para esterilização e castração para reduzir a população sem-teto nas ruas, acrescentar veterinários e enfermeiros ao Departamento de Serviços aos Animais da região e realizar mais eventos para adoção para encontrar lares para cães e gatos abandonados.
Abrigos superlotados de Miami acolhem cerca de 40 mil animais por ano, enquanto o total da população animal é estimado em mais de 400 mil. O condado é o maior da Flórida, que abriga 2,6 milhões de pessoas, e inclui a cidade de Miami.
Fonte: G1/Reuters