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Concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a maior em 800 mil anos

13 de maio de 2018
4 min. de leitura
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Pesquisas feitas pelo Observatório Mauna Loa no Havaí tiveram resultados extremamente alarmantes: as taxas de concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera atingiram o seu ápice, chegando a ser o maior nível medido em 800 mil anos.

Os cientistas estão preocupados porque, dessa vez, as consequências que provavelmente iremos enfrentar podem ser muito mais severas do que as sentidas até então. E o pior: elas serão irreversíveis.

Apesar dos péssimos resultados, eles dizem que se mudarmos os nossos hábitos, ainda temos chance de concertar ao menos uma parte dos estragos causados até então. E entre os principais responsáveis pela emissão de CO2 está a indústria da carne.   

Reprodução | Verdade Estampada

Muito ouvimos falar sobre o aquecimento global, que causa o derretimento das calotas polares, que consequentemente aumenta os níveis dos mares. Todos nós sabemos (ou deveríamos saber) que isso é um perigo imenso e iminente. Cidades podem submergir, animais morrerem com a mudança climática, espécies extinguirem por alterações no ecossistema, entre muitas outras situações de calamidade.

Infelizmente, todas esses cenários estão um pouco distantes de nós e são necessárias altas doses de empatia (ou bom-senso) para realmente sentirmos os impactos em nossa pele.

Mas de acordo com os cientistas responsáveis pelo estudo, caso continuemos a seguir o caminho que temos traçado até hoje, em breve a mudança climática irá contribuir para zilhões de mortes causadas por doenças relacionadas à poluição, tais como asma, alergias respiratórias, bronquite ou doenças respiratórias. Ou seja, todas os problemas de saúde que atingem moradores, principalmente, de grandes centros urbanos.

Junto com tudo isso vêm ondas de calor exacerbadas, tempestades, enchentes, e inúmeras catástrofes naturais. E todas essas coisas podem acontecer dentro de alguns poucos anos.

Reprodução | Business Insider

É possível também que, a longo prazo, filmes de ficção científica como “Mad Max: Fury Road” deixem de ser catalogados como ficção, já que outra das consequências dessa concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a seca.

Talvez a quantidade de água potável disponível para o nosso consumo diminua absurdamente, e esse se torne o bem natural mais valioso do planeta Terra.

A seca também interfere na colheita, então podemos passar por um período de escassez. Somando tudo isso, espécies podem entrar em competição com outras espécies pelos poucos recursos. E os problemas seguem por aí.

Cena do filme Mad Max: Fury Road (Reprodução)

Essa mudança climática decorrente da emissão de CO2 acontece porque o gás, em conjunto com outros, faz parte de um fenômeno chamado efeito estufa. Quando os gases estão em concentração normal, o planeta está em harmonia: parte da radiação solar é refletida para fora da Terra, e outra é absorvida pelos gases, mantendo o planeta aquecido na medida certa.

Se a concentração de gases aumenta, a quantidade de calor absorvido também sobe. E então nos deparamos com todas as catástrofes citadas acima.

Dos gases estufa, 65% é CO2. De acordo com o portal OneGreenPlanet, é exatamente por esse grande papel no efeito estufa que os resultados da pesquisa preocuparam tanto os cientistas.

Tudo isso tem solução?   

Optar por dietas que excluem alimentos de origem animal é a forma mais eficiente de reduzir drasticamente a emissão de CO2.

De acordo com um estudo feito por uma empresa de suplementos nutricionais alemã, a nu3, no Brasil, por exemplo, cada pessoa é responsável pela emissão de 223,24 kg de dióxido de carbono por ano e, sem o consumo da carne, esse número cai para 13,51 kg!

Pode até parecer que a mudança individual não tenha tanto impacto no cenário global, mas o veganismo tem, sim, potencial para causar grandes benefícios não só aos animais, mas a todo o planeta em que vivemos.

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