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Como reduzir o estresse do animal durante queima de fogos de artifício

21 de dezembro de 2013
2 min. de leitura
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Cachorros e gatos odeiam fogos de artifício. Com a chegada do fim do ano e as queimas frequentes de fogos, os animais entram em desespero. Isso acontece porque eles têm uma capacidade auditiva cerca de quatro vezes maior que os humanos, portanto, qualquer barulho mais forte pode ser ensurdecedor para eles.

E para amenizar o medo e estresse dos animais o melhor é pegar o animal no colo, abraçá-lo e consolá-lo, certo? Errado, adverte a veterinária Karina Mussolino, coordenadora técnica da Pet Center Marginal. “Nessa tentativa de acalmá-los acabamos estimulando o medo, pois assim o animal passa a associar aquele momento a algo ruim. O ideal é o tutor agir de forma natural, brincar com o animal, entretê-lo com seu brinquedo favorito, fazer festa, como se nada estivesse acontecendo”, recomenda a especialista.

Cães e gatos costumam se esconder nesses momentos de medo, por isso é importante deixá-los livres para essas fugas inesperadas, deixá-los soltos da coleira (em alguns casos eles podem ficar rodando em círculos e até se enforcar) e manter o espaço livre para que não se machuquem. “No caso dos gatos, é comum que sumam da vista dos tutores. Se a casa ou o apartamento forem seguros, com redes nas janelas e portões fechados, deixe o bichano por lá, evite chamar para não estressá-lo mais”, aconselha.

O susto nos animais merece atenção dobrada dos tutores, pois há casos de animais que passam realmente mal. “Há desde pacientes que convulsionam a animais que morrem por sofrerem parada cardiorrespiratória devido ao estresse ocasionado pelo barulho excessivo”, ressalta. “Cães e gatos, que já tenham histórico de doença cardíaca, devem ter cuidados especiais nessas situações. É importante que o tutor converse com o veterinário do animal para evitar tristes surpresas”, informa.

Uma das formas de evitar que seus animais sofram é trazê-los para dentro de casa, onde o som é mais abafado e há espaço para se esconderem. Também não é recomendado deixá-los sozinhos nesta época. Em caso de viagens, é aconselhável deixá-los com parentes, vizinhos ou em hotéis especializados.

Em muitos casos, é possível usar florais de bach para acalmá-los nesses momentos mais tensos. É interessante que o tutor seja precavido, leve o animal à consulta rotineira ao veterinário e converse com o médico sobre essa possibilidades. “A automedicação deve ser evitada de qualquer forma. Muitos medicamentos humanos são perigosos e podem matar os animais quando usados de forma indevida”, alerta a Dra. Karina.

Esses cuidados também podem ser estendidos para os dias de fortes tempestades com trovões, que também costumam aterrorizar os animais. Alguns sites especializados em comportamento canino, como o aboutdogs.com, recomendam uma terapia de dessensibilização dos animais em relação aos sons de fogos e trovões, fazendo com que sejam expostos a esses sons continuamente, com áudio gravado de tais barulhos.

Fonte: Consumidor Moderno

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