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Como ONG holandesa tirou mais de 9 mil toneladas de plástico de rios e oceanos do planeta

The Ocean Cleanup criou tecnologia própria para limpar a Grande Mancha de Lixo do Pacífico e bloquear detritos em cursos de água de países como Estados Unidos, Guatemala e Indonésia

1 de outubro de 2024
Lucas Altino
8 min. de leitura
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Os detritos são reunidos com risco reduzido para animais — Foto: Divulgação / The Ocean Cleanup

Em uma realidade de despejo anual de milhões de toneladas de plástico nos mares em todo o mundo, a faxina se torna fundamental. Em várias cidades, grupos ambientalistas realizam campanhas de conscientização e mutirões de limpeza para remover lixo de praias e impedir que a sujeira chegue ao mar. Mas a ONG holandesa The Ocean Cleanup elevou essa militância a um outro patamar.

A entidade desenvolveu diferentes sistemas que, utilizando embarcações, redes e barreiras flutuantes, promovem a retirada da sujeira flutuante nos oceanos ou interceptam o lixo sólido nos rios, impedindo a contaminação do mar. Nos últimos dez anos, a organização removeu mais de nove mil toneladas de sujeira em diferentes partes do planeta. Até 2040, a meta é limpar 90% do plástico que boia na superfície dos oceanos.

A ONG foi fundada em 2013, pelo holandês Boyan Slat. Criador da tecnologia usada na remoção do plástico, ele ganhou o prêmio Campeões da Terra, da ONU, destinado a pessoas que causam impactos positivos ao meio ambiente.

Um primeiro protótipo do sistema de limpeza foi lançado em 2018. Hoje, a Cleanup já trabalha com a terceira versão, que consiste em barreiras flutuantes de cerca de 800 metros, em forma de U, semelhantes a uma rede de pesca, puxadas por barcos. Acopladas à “barreira”, câmeras capazes de escanear a superfície da água identificam manchas de lixo e direcionam os barcos. Quando o compartimento das embarcações fica cheio, o material é levado ao continente para reciclagem.

Esse sistema é usado pela ONG nos EUA, no Caribe e na Ásia. O principal foco da organização é a chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico, entre o Havaí e a Costa Oeste dos EUA, considerada o maior vórtice de poluição plástica oceânica do mundo. Toda a operação na área é realizada de forma a causar mínimo impacto na vida marinha. Os barcos se movem lentamente, e as redes são fabricadas e monitoradas com a preocupação de que animais não fiquem presos no equipamento.

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