A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou um projeto de lei que aumenta a taxação sobre o transporte de animais vivos. De autoria do deputado Nilto Tatto (PT-SP), a proposta é encarada por defensores dos direitos animais como uma conquista parcial e uma mudança de tática em um cenário político considerado hostil.
Apesar d o avanço importante, a medida é apenas um paliativo. O objetivo original e declarado do parlamentar era a proibição total do transporte de animais vivos para serem mortos em outros países, uma prática amplamente condenada por especialistas em bem-estar animal.
“Nosso objetivo era proibir esta prática, mas dada a atual conjuntura, desfavorável à defesa do meio ambiente e da vida, optamos por tentar tornar a prática inviável financeiramente. A luta continua!”, afirmou o deputado em suas redes sociais.
O transporte de animais vivos é uma das práticas mais críticas da pecuária intensiva. Durante viagens que podem durar dias, os animais são submetidos a condições extremas, como superlotação, estresse térmico, fome, sede e cansaço. Muitos chegam ao destino feridos, doentes ou já mortos.
Embora o ideal seja o fim completo do transporte de animais vivos, medidas que encarecem essa prática podem salvar muitas vidas e abrir caminho para uma transição ética.
A aprovação na Comissão de Meio Ambiente é a primeira etapa da tramitação. O projeto ainda precisará ser analisado por outras comissões antes de seguir para votação em plenário.