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SAÚDE

Comida de animal doméstico: dos restos da panela aos ultraprocessados

Mercado estimula a humanização de cães e gatos, com cópia de padrão alimentar pautado por ultraprocessados. Crescem críticas às rações, vendidas há décadas como solução científica e saudável

28 de junho de 2025
Luisa Coelho
19 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Pet shop, pet drive, pet care, pet sitter, pet park, pet friendly. Serviços, produtos, estabelecimentos e até espaços em empreendimentos imobiliários indicam hoje não apenas um nicho de mercado em ascensão, mas também uma mudança estrutural na sociedade, especialmente nos centros urbanos. Os animais vêm ocupando um lugar central em núcleos familiares. E a indústria de alimentos tem um papel fundamental nessas transformações. 

O Brasil tem o terceiro maior número de animais domésticos do mundo. São aproximadamente 150 milhões, considerando aves, peixes, cães e gatos – mais de três vezes a população do estado de São Paulo. O país também ocupa o terceiro lugar no ranking do mercado pet global, com faturamento de mais de R$ 75 bilhões em 2024, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). 

“A longevidade e o estilo de vida solitário nas grandes cidades fazem dos animais importantes na vida das pessoas”, diz o site da Abinpet, ao explicar por que o setor sobrevive a crises e se mantém em crescimento. A mudança no perfil das famílias brasileiras e a adoção dos animais como membros fazem com que tutores aumentem os cuidados na saúde dos cães e gatos e com que se invista mais em produtos e serviços, segundo a instituição.

O motor do sucesso é o segmento de alimentação, que representa 54,1% do setor. Na sequência vem a venda de animais por criadores, com 10,8% do faturamento, e em terceiro lugar estão os produtos veterinários, com 10,4%. 

Em uma manhã de segunda-feira, visitei uma loja do grupo Petz no centro de São Paulo, acompanhada da veterinária Natalia Eliam. Nosso objetivo era vasculhar listas de ingredientes de rações. Nos deparamos com cerveja, sorvete, bolo e biscoito. Será que cães e gatos precisam mesmo ter um padrão de consumo igual ao dos humanos? E, se está comprovado que esse padrão de consumo adoece pessoas, o que dizer de animais? 

Não é de hoje que vejo as contradições da alimentação animal, inclusive dentro de casa. Todas as vezes que coloco a ração no pote do meu companheiro canino, Surya, ele me olha com uma cara de desgosto, como se me dissesse: “É isso mesmo que você tem pra me dar?” E eu, ao longo desses nove anos, pedi mil desculpas e dei. Já foram muitos experimentos, mas acabo me deparando com as questões que afetam a todos nós: a falta de tempo, a limitação financeira e a praticidade. Tudo que a indústria de alimentos mais ama para nos oferecer soluções. 

Além disso, cabe a reflexão: essa suposta elevação de patamar dos animais a quase humanos significa que agora eles são considerados sujeitos? São diversos os influenciadores caninos e felinos para seguir. Eles fazem publicidade para a indústria de ração, de farmácia e até de ultraprocessados para humanos. Ser pai e mãe de animais virou um estilo de vida. Mas a reprodução deles por criadores, para venda, não para de crescer. Então não seriam eles apenas mais um produto da indústria?

Natalia estuda os impactos dos ultraprocessados na saúde animal e atua na área de alimentação natural. Ela é pós-graduada em Dietoterapia e Nutracêutica de cães e gatos e pós-graduanda em agroecologia.

Enquanto a gente passeava pela loja, executivos da Petz arquitetavam a criação de um megazord do mercado brasileiro por meio da fusão com a concorrente Cobasi. As duas marcas lideram o varejo pet. Naquele momento, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), uma autarquia que deveria evitar concentração de mercado, até ameaçou impor algumas condições ao negócio, mas, dias mais tarde, a operação foi aprovada sem restrições – sob protestos da Petlove, outra gigante do setor, mas que agora talvez pareça pequena.

Os preços das rações secas para cães podem variar enormemente. Na Petz, a mais barata custava em torno de R$ 6,50 por quilo. A mais cara, dez vezes mais – R$ 606 por um saco de dez quilos. Uma das perguntas que eu me fazia antes de mergulhar nessa apuração sobre comida de animal é se de fato há uma variação relevante entre as categorias standard, premium e super premium. Descobri que, como sempre, a resposta é mais complicada do que um “sim ou não”. 

As embalagens são ilustradas com cães de raça como border collies e yorkshires, além de bifes, frangos, peixes, frutas vermelhas e roxas e legumes coloridos. Nada disso reflete as listas de ingredientes: carne mecanicamente separada, farinhas diversas e proteínas vegetais são alguns dos componentes desses tipos de produtos. Além de conservantes e diversos outros aditivos. 

Dois dos conservantes químicos encontrados nas embalagens são o BHA (Butilhidroxianisol) e o BHT (Butilhidroxitolueno), ambos usados na indústria de cosméticos como desodorante. 

Na única embalagem encontrada com a foto de um vira-lata, em uma seção de rações mais baratas, um ingrediente chama atenção: resíduo seco de destilaria com solúveis, subproduto da indústria de etanol.

Sylvia Angélico é uma das profissionais da área que entende a ração industrializada como produto ultraprocessado, o que não é um consenso na medicina veterinária. “Todos os livros que eu consultava, escrito por veterinários de várias partes do mundo, tinham um capítulo especial sobre alimentação [dizendo] que não era compatível a gente esperar a saúde de um organismo que se alimenta com ultraprocessados”, diz. 

Médica veterinária pós-graduada em nutrição animal, Sylvia é criadora do Cachorro Verde, site que começou como um blog onde ela compartilhava suas experiências e estudos em alimentação natural para animais em 2008, quando pouco se falava sobre isso no Brasil. “O que eu queria dizer para as pessoas é que dando ração, você, na verdade, está fazendo mal para o seu animal.”

Com o impulso de ações de marketing, os restos das refeições antes dedicados aos animais que viviam nos quintais das casas foram substituídos por produtos específicos para eles. Aquele fundo da panela de arroz, o fubá e os ossos deram lugar a bolotas secas e marrons.

“Desde a domesticação dos cães, 10 mil anos atrás, mais ou menos, até o James Spratt, as pessoas preparavam a própria alimentação dos seus animais. E a domesticação do gato também teve um uso semelhante. Porque eles eram caçadores, caçavam os ratos, então, por conta dessa habilidade de ambos serem animais carnívoros, eles foram domesticados”, conta Edgard Gomes, que, além de veterinário, é mestre pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP e graduando em nutrição humana. 

James Spratt foi o primeiro a fabricar um produto dedicado à alimentação dos animais domésticos, na Inglaterra, no século dezenove. Os Biscoitos Spratt se tornaram um sucesso e inspiraram outras empresas a criarem produtos até chegar no que conhecemos hoje por ração seca, considerado como alimento completo por atender às demandas nutricionais dos animais.

“Essa mudança de paradigma foi acontecendo com o auxílio das universidades, que começaram a receber esse subsídio desses fabricantes das primeiras rações. Não foi de uma hora para outra, realmente isso demorou para acontecer, a televisão ajudou muito com a propaganda, personagens dos filmes Lassie, Rin Tin Tin, outros famosos atrelados a rações. E aí nos anos 70 ela [a ração] foi já se solidificando como opção mais saudável”, diz Sylvia. 

Na liderança da produção nacional de alimentação de animais está a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, que oferece uma gama diversificada de produtos, entre petiscos, rações secas, úmidas, alimentação natural e, mais recentemente, suplementos alimentares. 

“A coisa foi escalando até o ponto em que a mentalidade que a maioria das pessoas tem é que, se você pensar em fazer a comida do seu cachorro e do seu gato, você vai fazer errado, você vai matá-los”, diz Edgard. Para ele, a alimentação dos animais está muito pior que a dos humanos, já que esses têm como base alimentar o arroz e o feijão, além da disponibilidade de frutas e hortaliças. “Já cães e gatos que comem exclusivamente ração, 100% das refeições deles são ultraprocessados. Então, seria o mesmo que pensar numa pessoa que só come salgadinho, que só bebe refrigerante, come sanduíche.”

Ração e classificação NOVA

Edgard fala sobre uma escassez de investigações empíricas sobre os impactos do consumo de ração, o que estaria relacionado ao lobby das empresas. “Mas, extrapolando os dados que a gente tem em humanos, com pesquisas publicadas, espera-se que aconteça o mesmo com cães e gatos”, afirma o veterinário.

Algumas pesquisas se baseiam na Classificação NOVA para definir o enquadramento dos produtos comercializados pela indústria na categoria de ultraprocessado. Mas, enquanto a produção de evidências em relação à saúde humana se avolumou especialmente nos últimos anos, na área veterinária esse conjunto de evidências é bem menor. 

Uma das pesquisas é um estudo de coorte conduzido pela Universidade de Helsinque, na Finlândia, que compara os impactos do consumo de ração com os de um modelo da alimentação natural conhecido como RMDB. Por definição, estudos de coorte são feitos com grandes amostras populacionais, acompanhadas por um período longo, para permitir uma série de cruzamentos sobre indicadores de saúde. Esses estudos não conseguem estabelecer uma relação de causa e efeito, mas apontam uma probabilidade estatística – por exemplo, se entre os 20% que mais consomem ultraprocessados existe um aumento de 15% nos casos de câncer de intestino em comparação aos demais grupos, é provável que exista uma relação entre as duas coisas. 

artigo descreve a ração como “uma mistura de grãos processados, como farinha de milho e arroz, e sub-produtos da carne, também processada, enriquecida com aditivos químicos que incluem vitaminas, minerais e outros nutrientes sintéticos, conservantes, corantes e realçadores de sabor”. 

Já a RMDB é a sigla para raw meat-based, que consiste em “partes cruas de animais” e que, no caso de produtos comerciais, “também contém pequenas quantidades de matéria vegetal crua como fonte de fibra”. Os autores afirmam que a categorização desse tipo de produto ainda está em debate, embora os ingredientes crus sejam, em si, minimamente processados.

A pesquisa faz um paralelo entre os impactos das duas modalidades de alimentação animal a partir do acompanhamento de grupos de cachorros da raça staffordshire bull terrier. Trata-se de uma pesquisa-piloto, cujos responsáveis afirmam que ainda há muito o que ser comprovado. 

Mas evidências preliminares mostram diferenças no perfil metabólico entre os grupos analisados. Os que consumiram dieta crua apresentaram mudanças benéficas, em relação às dietas anteriores, enquanto o sistema imunológico dos animais alimentados com ração se mostrou mais ativado, ou seja, em alerta para reagir a qualquer corpo ou processo estranho. Também foram encontradas maiores concentrações de ácidos biliares, associadas a doenças crônicas. 

A análise é parte das atividades do DogRisk, grupo de pesquisa dedicado às conexões entre dietas, fatores ambientais e doenças crônicas que afetam os cães. 

Outro estudo, publicado na revista Nature, aborda a associação das dietas no início da vida de cães com a incidência de enteropatia crônica, ou seja, inflamação gastrointestinal crônica, na vida adulta. Os pesquisadores concluíram que o consumo de ração na infância e na adolescência é um fator de risco. O artigo utiliza a palavra ultraprocessado quinze vezes para se referir aos alimentos industrializados destinados a cães. Menciona as diversas etapas de processamento, que inclui os tratamentos térmicos, e a presença de aditivos como emulsificadores e conservantes. 

“O processamento térmico de alimentos que contêm carboidratos e proteínas gera produtos da reação de Maillard, incluindo produtos finais de glicação avançada (AGEs), que são imunomoduladores e podem aumentar a prevalência de estados inflamatórios crônicos relacionados à dieta no intestino”, explica o texto. 

“Você vê aquelas bolinhas marrons e secas. Como que aqueles alimentos viraram essa bolinha? Está totalmente irreconhecível, não tem cheiro desses alimentos, não tem sabor desses alimentos, não tem um rastro desses alimentos”, diz Sylvia, ao comparar as  embalagens com seus conteúdos. 

“Você pega uma ração e ela tem glúten de milho, farelo de milho, quirera de milho, não sei o quê de milho, você tem cinco componentes de milho, três componentes de soja como os primeiros 15 ingredientes da ração. Aí o componente proteico vai ser uma farinha de vísceras, uma farinha de ossos e carne, uma carne mecanicamente processada. Tem todos aqueles aditivos, que são utilizados para que a ração se conserve, e a gente não sabe nem por quanto tempo realmente ela consegue ficar ali viável dentro do saco. Tem gente que fala 20 anos, 10 anos, 2 anos”, conclui. 

Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da USP, analisaram dezenas de amostras de mais de 20 marcas e concluíram que os animais domésticos alimentados com ração têm uma dieta com base em milho e frango. A principal descoberta é que a ração para cães no Brasil é composta, em sua maioria, por aproximadamente 60% de produtos de origem animal e 40% de produtos de origem vegetal. Além disso, encontraram menos de 20% de carne na composição de produtos que alegam conter o ingrediente. 

O artigo afirma que os rótulos podem induzir os consumidores ao erro ao exibir imagens de itens que não necessariamente fazem parte da composição do produto, além de não fornecerem informações detalhadas sobre a proporção de cada item. “Essas informações permitiriam que os consumidores fizessem suas próprias escolhas, considerando a nutrição de seus animais domésticos, a competição entre animais e humanos por recursos e a sustentabilidade ambiental”, diz o texto. Os pesquisadores mencionam a menor pegada ambiental, metodologia que mensura os impactos dos seres humanos no planeta, dos produtos de origem vegetal em relação aos de origem animal. 

A prevalência de farinhas, milho, arroz e outros produtos ricos em carboidratos é um ponto de preocupação para estudiosos da saúde animal. “Cães e gatos são animais carnívoros. O cachorro, diferentemente do gato, a gente chama de carnívoro oportunista. Isso significa que ao longo de milhares de anos da evolução da espécie, até pela aproximação do ser humano, os cães adquiriram adaptações genéticas para fazer a digestão do amido”, diz a veterinária Natália Eliam, com quem eu caminhei pelos corredores da Petz. 

Segundo ela, gatos não devem consumir carboidratos pois não têm enzimas para digerir essas substâncias. Outra característica dos felinos é que eles não sentem o sabor doce. Apesar disso, é possível encontrar açúcar na lista de ingredientes das rações úmidas, para fins de textura. 

As fábricas de ração não são obrigadas por lei a informar a quantidade de carboidratos em suas embalagens. Então, os veterinários orientam a fazer essa conta a partir da soma das porcentagens fornecidas no rótulo, dos níveis de umidade, proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral e matéria fibrosa. Esse valor deve ser subtraído de 100%, que é a totalidade do conteúdo. O resultado é porcentagem de carboidrato presente no produto. Em resumo, uma contabilidade nada fácil.

As altas quantidades de milho trazem outros pontos de atenção em relação à saúde animal. “Além de ser um milho transgênico, tem estudos que mostram que quanto mais ingredientes advindos de commodities que ficam nesses silos e armazenados por muito tempo, mais potencial de toxinas fúngicas a gente tem. Essas toxinas fúngicas são extremamente deletérias para a saúde dos animais, podendo causar câncer, até problemas reprodutivos, cognitivos e outras questões hepáticas, intoxicação”, informa Sylvia Angélico.

Mas saúde animal não é exatamente o único foco da indústria de rações. O estudo da USP chama atenção para como as rações de linhas consideradas superiores são formuladas de maneira a vinculá-las a atributos humanos, como o controle do peso e o uso de ingredientes chamados de human grade, ou seja, cujo padrão de qualidade e segurança segue os padrões humanos. 

Animais antropomorfizados

Além de alimentos, o mercado pet oferece uma gama de produtos curiosos, como petiscos, cosméticos e roupas. Até molho para ração é vendido, na tentativa de convencer o cachorro de que aquele produto é saboroso. Cerveja, muffin, nuts e vinho também se fazem presentes nas prateleiras em lojas como Petz e Cobasi.

Empresas conhecidas no universo dos humanos, como Ambev, Granado e até Nutty Bavarian, que comercializa castanhas glaceadas em shoppings e aeroportos, oferecem releituras de produtos destinados a humanos. 

“Panetone, sorvete, chocolate, cerveja para cachorro: isso não tem valor nutricional nenhum. Está respondendo a questões que são humanas”, afirma Andréa Osório, doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. “O animal não tem a menor ideia de que seja uma cerveja para cachorro”, diz a antropóloga, que desenvolve pesquisa sobre as relações humano-animal.

Seu artigo “Guloseimas para animais de estimação: comensalidade, afeto e antropomorfismo” debate o que seria a desanimalização dos animais. O texto menciona  castrações feitas não com objetivo de controle reprodutivo, mas para controle de impulsos e comportamentos animais, o uso de produtos de higiene para esconder cheiros e alisar pelos, e até rações que controlam odor e textura de urina e fezes. O texto fala em “seres antropizados, antropomorfizados, adoçados, assépticos, quase abióticos e quase pelúcias, tornados assim por seus próprios tutores”.

Segundo Andréa, a alimentação dos animais reflete a alimentação humana. “Se a gente consome ultraprocessado, eles consomem. Se a gente se inclina para uma alimentação sem ultraprocessados, a indústria percebe e começa a inclinar também para uma alimentação sem ultraprocessados”, afirma. 

Alimentação natural

O mercado agora acompanha um movimento que já se consolidou nos Estados Unidos e chega timidamente ao Brasil, que é o da alimentação natural. Trata-se de uma vertente que adota alimentos consumidos pelos humanos, mas em quantidades nutricionais adequadas para cães e gatos. Entram nas dietas carnes variadas e alguns vegetais. Ficam de fora cereais e leguminosas.

Há algumas modalidades com as quais os veterinários trabalham: a dieta crua sem ossos, a dieta crua com ossos e a cozida sem ossos. Uma quarta possibilidade é a dieta mista, que mescla ração e alimentação natural. As duas primeiras retomam o que seria a alimentação do animal em seu habitat natural, já que simulam a composição de uma presa. 

Além de não ter a quantidade alta de carboidratos e a presença de proteínas vegetais utilizadas nas rações, uma diferença da alimentação natural é que ela utiliza peças de carne para consumo humano, compradas em açougues ou supermercados, e não subprodutos como farinha de vísceras.

A diferença nos preços entre as dietas também é considerável. Para alimentar um cachorro pequeno, de oito quilos, comprando o pacote grande de uma ração super premium natural de preço médio, gasta-se aproximadamente R$ 80 por mês. Para a modalidade crua da alimentação natural, cerca de R$ 150. Para uma alimentação cozida, com suplementação, o tutor chega a gastar R$ 250. E no caso da alimentação natural industrializada, R$ 375. As contas foram feitas pela veterinária Natalia Eliam.

No caso dos alimentos comercializados, Sylvia Angélico recomenda manter atenção na lista de ingredientes. “O que a gente percebe é que eles começam a piorar muito a qualidade da composição e até da formulação da dieta”, diz. “Começa com uma formulação que você vai analisar e fala ‘Puxa, que bacana’. E daqui um ano você olha de novo e vê como eles aumentaram o teor de gordura, com carnes mais gordurosas e mais baratas do que as carnes magras, colocam muito mais de uma víscera barata que não agrega tanto valor nutricional à dieta, com o intuito de baratear os custos, mas que pode causar problemas para animais sensíveis à gordura, por exemplo”, conclui a veterinária.

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