A venda online e os fracos controles sobre as vendas domésticas de marfim no Japão estão incentivando o comércio de presas de elefantes e contribuindo para um aumento substancial de sua caça na África, disseram ativistas ambientais no inicio desta semana.
De acordo com a Agência de Investigação Ambiental, organização independente baseada em Londres, em relatório conjunto com a Humane Society International, a falta de regras para registro de marfim bruto e a licença para sua exploração por importadores, atacadistas, fabricantes e o varejo permitiram o acúmulo de estoques ilícitos no país.
“A crise atual da caça de elefantes africanos requer uma resposta urgente e pronta antes que suas populações sejam dizimadas. O florescente mercado doméstico no Japão e na China são agora a maior força por trás da caça epidêmica e do comércio ilegal global”, diz o trabalho.
De acordo com um estudo de 2013 da Universidade de Washington, o número de animais mortos em 2012 chega a 30.000, ou cerca de um oitavo da população continental remanescente. O comércio internacional de marfim é proibido pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas.
O site japonês da Rakuten Ichiba, uma espécie de Amazon local, oferece produtos que podem custar até U$ 28.000. Como se chegou a isto? A mesma convenção abriu uma exceção para o Japão no caso de compras de estoques legais de marfim de países africanos. A questão é que num site de varejo com centenas de produtos, não se pode distinguir o que se encontra fora da lei, afirma o Quartz.
Fonte: Planeta Sustentável