Apesar de proibido por lei desde 1992, quando o país ratificou a CITES, a comercialização continua a acontecer e está por detrás do acentuado declínio da espécie – no meio da década de 1990 eram 2 mil os animais em liberdade, mas atualmente não são mais de 72 a 80.
Apesar de interdito, o comércio de espécies de fauna ameaçada continua a ter lugar, mantendo-se como ameaça séria à conservação de muitos animais.
Um exemplo desta realidade é o elefante asiático, Elephas maximus, que se aproxima perigosamente da extinção em liberdade no Vietnã devido não só à desflorestação, expansão das áreas urbanas e minas que datam da guerra com os EUA, mas, sobretudo ao longo da última década, ao comércio de marfim.
A atividade foi proibida em 1992, quando o país ratificou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, que incluía no entanto uma “cláusula” que previa o escoamento dos produtos já em estoque. Sob este pretexto continuam atualmente a ser comercializadas peças de marfim, porque não há fiscalização da implementação da legislação nem controle dos estoques dos lojistas.
O elevado preço do marfim no mercado-negro está também na origem desvios do material confiscado a que frequentemente se perde o rasto.
A caça de elefantes para obtenção do marfim está se intensificando-se à medida que o Vietnã cresce economicamente, deixando de ser um intermediário no comércio de espécies ameaçadas para ser um dos principais consumidores, rivalizando com o Laos, Camboja Tailândia e Burma.
Desde meados dos anos 90 a população de elefantes asiáticos sofreu um acentuado declínio com o efetivo, passando de 2 mil a apenas 72 a 80 atualmente, segundo dados do Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente do Vietnã, o que leva os conservacionistas a temer que a espécie desapareça já na próxima geração se não forem implementadas medidas de conservação a curto prazo.
Fonte: Naturlink