Em declarações à Angop por telefone, José Maria Bizi, afirmou que 50 % das práticas ligadas à exploração ilegal de madeira e de caça furtiva de animais selvagens foram reduzidas com o apoio da população, sobretudo as que residem na floresta de Maiombe, que cobre a região de Cabinda.“O quadro mudou consideravelmente em comparação com os anos passados, período que observávamos ao longo de algumas vias principais a comercialização de animais selvagens quer vivos quer mortos” – avaliou o responsável.
Nos últimos tempos, acrescentou, a administração está empenhada na realização de micro-operações, sobretudo nas zonas transfronteiriças entre as Repúblicas do Congo Democrático e Congo Brazzaville.
Dentro das comunidades envolvidas pelo Parque Nacional, Buco Zau e Belize, os efetivos da administração desta zona de conservação têm levado a cabo encontros de sensibilização sobre a importância de preservação e conservação da sua fauna e flora.
“A situação está a ser um pouco difícil, porque estas comunidades há muitos anos que sobreviviam dos recursos disponíveis na floresta, isso é, o seu bem-estar ainda depende do ecossistema florestal, admitiu o administrador.
O conflito “homem e animal”, o impacto da pobreza nas comunidades, o uso insustentável da terra, como agricultura, são, entre outros, males que ainda prevalecem na floresta de Maiombe em Cabinda.
Para o administrador, estratégias estão a ser traçadas para que as comunidades sejam apoiadas pelo Governo e sejam também inseridos em alguns projetos previstos para o Parque Nacional de Maiombe.
Com quatro postos de fiscalização instalados, os16 fiscais florestais destacados no Parque Nacional de Maiombe precisam de ser reformados para uma melhor fiscalização.
O Parque Nacional de Maiombe foi criado mediante Decreto Presidencial número 38/11 com o objetivo de proteger e conservar os primatas, macacos, elefantes da floresta, répteis, papagaios cinzentos e pequenos herbívoros.
Com uma extensão de mil e 930 quilômetros quadrados, o parque já possui infra-estruturas administrativas, cuja sede foi inaugurada pelo vice-presidente da República, Manuel Vivente, a 18 de Novembro de 2013.