O combate à farra do boi já começou em Santa Catarina. Em reunião nesta quinta-feira, 11, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, foram levantadas ideias para evitar que os animais sejam transportados e maltratados. A operação começa a ser montada agora porque a prática da farra do boi tem valor religioso relacionado à Paixão de Cristo.
Durante o encontro, foram debatidas, ainda, as formas de atuação, desde os atos de conscientização das populações envolvidas, passando pela restrição ao deslocamento de veículos que levam os animais, até as ações repressivas por parte dos órgãos envolvidos: Polícia Militar, Ministério Público, Cidasc e Associação de Proteção dos Animais.
A Polícia Militar trabalha atualmente no levantamento dos locais, como fazendas, currais e demais rotas onde, supostamente, possa vir a ocorrer a prática do crime. Helicópteros, lanchas, câmeras panorâmicas e policiais a paisana serão utilizados nas operações.
O Ministério Público deverá promover ações educativas. Entre elas, estão palestras em escolas litorâneas, principalmente em locais onde a farra do boi é frequente, como Governador Celso Ramos e o Norte de Florianópolis.
“As estratégias serão definidas com detalhes no próximo dia 18, quando a Cidasc e a polícia se reunirão mais uma vez. Sabemos da polêmica que o combate ao que uns chamam de tradição causa”, comentou o diretor técnico da Cidasc, José Waltrick.
A origem
A farra do boi é uma tradição carcterística das comunidades de cultura açoriana, comuns no litoral catarinense.
Na farra, o boi representa Judas, que traiu Jesus Cristo, segundo a Bíblia. Por isso, ele é comum na Páscoa.
Fonte: Zero Hora
