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EXTINÇÃO

Com alta do calor, ursos-polares podem desaparecer no Canadá entre 2030 e 2060

15 de junho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Andreas Weith/Wikimedia Commons

A alta do termômetro ameaça levar ao ursos-polares da Baía de Hudson, no Canadá, à extinção entre as décadas de 2030 e 2060 se as metas de temperatura estabelecidas no Acordo de Paris não forem cumpridas rapidamente. O alerta vem de um novo estudo publicado na revista Communications Earth and Environment nesta semana por um grupo internacional de cientistas.

O relatório analisou vários cenários de aquecimento considerando que as emissões de gases de efeito de estufa continuem a aumentar e ultrapassem o limite de 2 graus Celsius (°C) acima dos níveis pré-industriais estabelecido no tratado climático internacional adotado em 2015. Usando modelos computacionais, os pesquisadores buscaram identificar como futuros aumentos nas temperaturas globais poderiam afetar a espessura do gelo na Baía de Hudson e, por sua vez, o destino dos ursos-polares.

Descobriram que um aquecimento de 2°C acarretaria ao menos 180 dias sem gelo no sul da baía, período demasiado longo para que muitos ursos sobrevivessem. Eles têm observado que o gelo na região já tem se tornado mais fino, o que prejudica o suporte do peso do animal para caça, acasalamento e criação de tocas. Mesmo buscando se adaptar à vida em terra, os animais não conseguem ter todas suas necessidades atendidas, com alguns chegando a perder dois quilos por dia em situações extremas.

A extensão do gelo marinho que cobre a Baía de Hudson, no Canadá, atingiu um mínimo histórico no mês de maio, aponta a agência Reuters. Ali vivem 4.000 ursos-polares, que representam três das 19 populações de ursos-polares restantes no mundo. Os pesquisadores esperam que o estudo informe melhor os políticos sobre a urgência de agir contra as mudanças climáticas e na conservação dos ursos-polares.

Fonte: Um Só Planeta

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