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PROTEÇÃO

Com ajuda da NASA, nascimentos de tartarugas marinhas batem recorde na Flórida

27 de outubro de 2023
3 min. de leitura
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Foto: NASA

O Centro Espacial Kennedy, da NASA, não serve apenas como plataforma de lançamento de missões ao espaço. No local, mais especificamente nas praias da Flórida, foram criados ninhos de tartarugas marinhas. E neste ano, foi registado um número recorde de nascimentos de filhotes dos animais.

Os biólogos calculam que existam 13.935 ninhos de tartarugas marinhas ao longo da costa.

São 639 a mais do que na temporada de desova de 2022 e o mais número em um único ano desde que os registros começaram em 1984.
Todos esses ninhos de tartarugas-marinhas pertencem a espécies identificadas pelo Serviço Nacional de Parques dos EUA como ameaçadas de extinção, incluindo a verde (Chelonia mydas) e a cabeçuda (Caretta caretta).

A iniciativa da NASA faz parte de uma parceria da agência espacial norte-americana com a Merritt Island National Wildlife Refuge e o Canaveral National Seashore, organizações que atuam em defesa dos animais e do meio ambiente.

O objetivo é preservar as tartarugas e outras espécies, além da flora da região.

As informações são da própria NASA.

Foto: NASA

Uso da tecnologia para aumentar o sucesso da desova

Todos os anos, os biólogos catalogam entre 40 mil e 84 mil ninhos de tartarugas-marinhas na Flórida. E o uso da tecnologia tem auxiliado a aumentar esses números.

“Todo o nosso esforço para proteger o habitat de Kennedy está dando frutos. O uso de iluminação amigável às tartarugas e ter uma duna devidamente mantida ajuda a manter nossa praia escura e isso realmente faz a diferença para o sucesso da desova de tartarugas marinhas”, disse Jeff Collins, especialista em proteção ambiental da NASA.

Do início de março até o final de outubro, a areia das praias de Kennedy ficam marcadas pelos rastros de tartarugas-marinhas adultas à medida que os animais emergem do mar e se dirigem até os locais onde depositam seus ovos.

“Dar às tartarugas marinhas, especialmente aos filhotes, nada além da lua e das estrelas para iluminar seu caminho para o oceano é uma grande maneira de os humanos ajudá-las. Qualquer outra luz pode desorientá-los o suficiente para onde eles nunca encontrarão o oceano, tornando-os presas fáceis enquanto os afastam da comida e da água de que precisam para sobreviver”, reforça Collins.

A contagem deste ano inclui 26 ninhos de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e um ninho de Lepidochelys kempii, uma das espécies de tartarugas marinhas mais ameaçadas do mundo. Não foram descobertos ninhos de pente (Eretmochelys imbricata) nesta temporada em Kennedy.

Geralmente, leva cerca de dois meses para que os filhotes de tartaruga marinha saiam de seu ninho quando os ovos estão dentro, mas isso pode variar dependendo da espécie. A temperatura da areia também desempenha um grande papel na determinação do sexo das novas tartarugas.

Já temperaturas mais baixas produzem mais machos e temperaturas mais quentes trazem mais fêmeas. Dados da Florida Fish and Wildlife mostram que cerca de um em cada mil filhotes de tartaruga chega à idade adulta.

Fonte: Olhar Digital 

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