(da Redação)
A revista americana Slate, em uma coluna chamada “Dear Prudence”, publicou há alguns dias uma edição na qual Emily Yoffe, que se auto intitula “Prudie”, diz a uma leitora que é certo induzir a morte na sua gata Fluffy, de modo que assim ela possa sair tranquilamente em viagem de férias com a família. Apesar da gata estar em uma idade avançada, sem audição e sem dentes, ela não está doente ou sofrendo de forma alguma. Yoffe afirma que, uma vez que a gata está causando transtornos ao incomodar a tutora com alegadas demandas e dificultar as viagens da família, ela deveria ser morta.
Even Yoffe admite que seu conselho pode causar tumulto. Na primeira linha de sua resposta, ela declara: “após te dar esse conselho, eu terei que entrar em um programa de proteção à testemunha, mas aqui está: Faça a eutanásia em Fluffy”. Ela diz, ainda, que um veterinário provavelmente não aceitará realizar o procedimento em Fluffy pelas razões citadas pela tutora, e então esta poderia levá-la a um abrigo mais próximo para que lá o fizessem. Em seguida, Yoffe sugere que a leitora diga aos seus filhos que Fluffy estava sofrendo e acrescenta: “Ok, talvez ela não esteja sofrendo, mas você está”.
Matar um gato que pode ter ainda muitos anos de vida apenas para que se possa fazer uma viagem de férias é uma atitude incrivelmente egoísta, e esse conselho de Emily Yoffe está enviando a mensagem errada. Mais pessoas precisam perceber que acrescentar um animal à família significa cuidar dele por toda a vida, não apenas quando é conveniente. Por favor assine a petição para fazer com que Emily Yoffe reconheça o caráter totalmente equivocado e nefasto do comentário publicado por ela, e pedir que ela faça uma retratação quanto ao seu conselho antiético.
Para ler o artigo na íntegra (em inglês), clique aqui .
Tradução da carta da petição:
“Prezada Sra. Emily Yoffe,
Seu recente artigo publicado na revista Slate tratando do caso da gata idosa de uma leitora foi muito perturbador. Ao sugerir que ela simplesmente ordenasse a eutanásia no animal devido à suposta inconveniência de suas questões de saúde, a sra. foi no mínimo equivocada, e transmitiu a mensagem errada aos leitores. Adicionar um animal à família é um comprometimento por toda a duração da vida do mesmo, e não apenas quando é conveniente.
Conforme os animais ficam mais velhos, seus corpos não são mais como costumavam ser. Fluffy pode estar com deficiência auditiva, sem os dentes e carente, mas ela não está sofrendo, e o seu estado não justifica a morte induzida. Além disso, sugerir que ela minta às crianças também não é um conselho sábio. Por favor, retrate-se de seu conselho antiético e escreva outra resposta aos leitores, admitindo que esta não é a melhor maneira de se lidar com a situação, de modo que uma mensagem melhor seja enviada e as pessoas entendam que devem se responsabilizar pela vida dos animais domésticos sob sua tutela por toda a duração de suas vidas”.