Um funcionário da empresa responsável pela coleta de lixo em Vilhena, no estado de Rondônia, salvou a vida de um filhote de cachorro deixado para morrer dentro de um saco fechado. O animal, que tem poucos meses de vida, foi jogado no lixo e poderia ter morrido sufocado ou prensado pelo compactador do caminhão da coleta seletiva não fosse a ação dos garis.
Conforme relatado pela empresa, os coletores perceberam que havia um filhote dentro do saco de lixo no momento em que coletavam os sacos deixados nas lixeiras e os amontoavam no asfalto para depois jogá-los dentro do compactador do caminhão.
Um dos coletores ouviu o choro do filhote, que estava bastante assustado, e rasgou o saco com a ajuda de outros funcionários da empresa. A atitude garantiu a sobrevivência do cachorro, que acabou sendo adotado por um morador da região onde o crime de maus-tratos foi cometido.
O morador passava pelo local quando foi informado pelos coletores sobre o abandono do filhote. Comovido, o homem decidiu levá-lo para casa, garantindo uma reviravolta na história do animal, que teve um final feliz após correr o risco de morrer por conta dos maus-tratos sofridos.
Ao comentar o caso, Rafaela Ramiro, secretária adjunta da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB, lembrou que crimes contra animais vão além de agressões físicas. “Os maus-tratos cometidos contra os animais não se detêm somente à agressão física, mas também deixar de colocar água limpa, comida, deixá-lo preso em uma corrente curta, na maior parte do dia, sob forte calor”, disse Ramiro ao citar exemplos.
Em entrevista à Rede Amazônia, a advogada orientou a população a denunciar crimes de maus-tratos. “Se tiver conhecimento do cometimento de algum destes tipos de crimes, você poderá denunciar através do número 197, que será investigado pela Polícia Civil e pela Delegacia de Repressão de Crimes Contra o Meio Ambiente, aqui em Rondônia”, informou.