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Coimbra, em Portugal, lança campanha de castração gratuita de cães e gatos

19 de janeiro de 2012
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Animais abandonados em Coimbra (Foto: Reprodução/C Notícias)

A Câmara de Coimbra, em Portugal, lançou uma campanha de esterilização de animais que foram adotados, para controlar o aumento do número de cães e gatos que chegam ao centro de recolhimento municipal — cerca de 1700 no ano passado.
Um dos objetivos da campanha de esterilização, que conta com a colaboração da Universidade Vasco da Gama (UVG), é “alertar a população para o excesso de animais abandonados”, decorrente “muitas vezes do fato de andarem soltos, sem controle de procriação”.
Consciente do sofrimento dos animais abandonados, a autarquia assinou um protocolo com a UVG que permite a esterilização/castração gratuita de gatos e cães adotados no centro de recolhimento municipal. O protocolo entre as duas instituições prevê também uma “avaliação epidemiológica e de saúde animal dos cães e gatos” que passam por aquele centro.
O número de cães e gatos que o ano passado deram entrada no centro de recolhimento municipal foi recordista – 1 689 (1 527 em 2010, 1 544 em 2009), sendo sobretudo animais com menos de três meses de idade, fruto de “ninhadas indesejadas” e em idade avançada, disse hoje aos jornalistas a médica veterinária da CMC, Filomena Ramalho.
“Muitos dos animais foram entregues pelos próprios tutores”, disse a especialista, referindo que 435 foram adotados e cerca de mil sacrificados (709 por doença, 277 por ‘agressividade’ e 28 por superlotação do canil/gatil).
Na apresentação da campanha de esterilização, o diretor da UVG, Humberto Rocha, defendeu que as associações protetoras “não podem continuar a ser mais um depósito de animais abandonados”, sugerindo um paradigma assente na criação de redes de famílias de adoção e constituição de um banco alimentar animal.
Com informações do DN Portugal
Nota da Redação: É lamentável que abrigos ainda adotem a prática cruel da matança de animais. Mantendo essa prática, por mais que se proponham a aplicar políticas de combate ao abandono de animais, jamais terão coerência e muito menos colherão resultados positivos. Todos os abrigos do mundo deveriam banir o sacrifício de animais saudáveis. As soluções contra o abandono, os maus-tratos e a superlotação dos abrigos estão interligadas e dependem de uma ação fundamental: a criação e execução de políticas públicas eficientes e compassivas, que prezam pela vida, acima de tudo.

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