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Coelhos são mutilados e macacos enlouquecem em laboratórios de universidade

14 de março de 2017
6 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: PETA

Uma nova investigação revela o sofrimento, a negligência e a incompetência que existem dentro dos laboratórios da Pittsburgh University, nos Estados Unidos.

Membros de animais cirurgicamente curvados em posições antinaturais, uma ferida tão profunda que expõe os tendões, experimentos projetados para matar lenta e dolorosamente. Estes são apenas alguns dos horrores documentados em imagens de testemunhas oculares e capturadas em laboratórios ocultos da instituição, que são escondidos do público.

A Pitt, como a universidade é chamada, tortura milhares de animais – incluindo cães, gatos, macacos, coelhos, camundongos e ratos – em experiências cruéis. Esse mundo de sofrimento era desconhecido até os ativistas descobrirem as experiências terríveis financiadas pelos contribuintes norte-americanos.

A universidade arrecadou mais de US$ 475 milhões em doações federais em 2016 e muito disso foi desperdiçado em experimentos com animais.

Segundo os ativistas da PETA, responsável pela investigação, aqueles que realizam os testes muitas vezes deram ordens sobre cuidados com animais ao invés de veterinários. Os experimentos que eram horrivelmente cruéis foram aprovados pela universidade e pelas agências federais que a financiam.

Sem alívio para a dor

Foto: PETA

Gandalf era um dos mais de 550 macacos presos em uma das gaiolas de metal estéreis no local. Ele foi escolhido para ser usado em uma cirurgia laparoscópica experimental realizada por George Gittes, mas sua angústia estendeu-se muito além da experiência. Enjaulado sozinho, ele estava desesperado por um contato físico carinhoso. Ele exibia suas costas aos funcionários da Pitt e gesticulava para receber afeto.

Mas a habitação individual do local não protegeu Gandalf. Sua mão foi mordida até os tendões por um macaco preso nas proximidades. A veterinária de plantão se recusou a examinar a lesão. Em vez disso, ela simplesmente prescreveu ibuprofeno – um tratamento terrivelmente inadequado para um ferimento tão grave.

Conforme os dias passavam e sem receber alívio para a dor, Gandalf começou a segurar a mão e a mantê-la debaixo da axila, em um esforço para lidar com o sofrimento. Registros mostram que Gandalf pode nem sequer ter recebido o ibuprofeno da maneira adequada.

Três semanas depois de ser usado em uma cirurgia experimental, ele teve a morte induzida. Os exploradores extraíram tecido de seu corpo e o colocaram em um saco de perigo biológico.Outros macacos nos laboratórios da Pitt lentamente enlouqueceram e ficavam andando, balançando e exibindo outros comportamentos repetitivos.

Membros torcidos

Foto: PETA

Você deixaria um cirurgião plástico realizar uma cirurgia ortopédica dolorosa e que lhe incapacitasse? Dois jovens coelhos chamados Jack e Daniels não tiveram escolha quando Sandeep Kathju foi até eles. Ele cortou os ligamentos de seus joelhos, em seguida, torceu suas pernas para uma posição não natural e, finalmente, inseriu um fio nos joelhos para manter as pernas no lugar. O objetivo? Causar trauma intencional nas articulações do joelho.

Após mais de duas semanas nesta excruciante posição, os dois coelhos perderam uma quantidade de peso significativa, exibiam dor crônica e angústia. Porém, Jack e Daniels foram forçados a suportar mais seis semanas dessa agonia.

Os fios colocados nos joelhos de outros coelhos igualmente atormentados por Kathju impediam que eles se movimentassem normalmente, deixavam seus pés presos nos pisos perfurados das gaiolas e arrancando suas unhas. Aparentemente, isso não foi antecipado pelo abusador.

Reprodução de animais deformados

O pesquisador Gregory Cooper deliberadamente reproduziu coelhos para que tivessem bebês com malformação nos crânios – mesmo que décadas dessas terríveis experiências não tenham resultado em tratamentos eficazes para seres humanos afligidos com condições semelhantes.

Foto: PETA

Uma coelha, conhecida apenas como “740-12”, foi usada para produzir filhotes e exibia sintomas de um acidente vascular cerebral. Ela não conseguia erguer a cabeça e não estava movendo seus membros traseiros.

Ela morreu mais tarde durante o dia e seus quatro bebês famintos foram mortos. Uma necropsia mostrou que a coelha sofria de uma rara desordem metabólica chamada “toxemia da gravidez”, que poderia ter sido evitada por meio de sua alimentação. Contudo, esta mudança não ocorreu.

Somente um mês depois, quando outra coelha chamada Puddles morreu de toxemia da gravidez, as dietas dos animais foram finalmente analisadas.

Afogados, desidratados e à beira da morte

Se camundongos e ratos acreditassem no inferno, eles seriam os laboratórios da Pitt. Eles não receberam os cuidados apropriados e muitos sofriam com a tenebrosa dermatite ulcerosa que provocada feridas dolorosas. Em um experimento, Rajesh Aneja perfurou os intestinos de camundongos para que bactérias nocivas entrassem em seus estômagos e causassem choque séptico.

O comitê de supervisão da experimentação animal da universidade aprovou as experiências de Aneja, embora um estudo histórico tenha mostrado que os resultados de experimentos de sepse em camundongos não possam ser aplicados a humanos.

Foto: PETA

Ira Fox implantou células hepáticas humanas doentes em camundongos, ratos e macacos. Em vez de proporcionar o alívio da morte induzida depois que eles ficaram doentes, ele forçou os ratos a suportar uma morte prolongada e agonizante.

Camundongos e ratos também sofriam com a negligência e incompetência dos pesquisadores. Eles se afogavam quando as gaiolas inundavam e não havia escapatória, morriam de sede quando erros humanos ou mecânicos interrompiam seu acesso à água ou faleciam devido aos ferimentos quando eram alojados com animais incompatíveis.

O caos da instituição faz com que seja difícil imaginar que qualquer ciência útil poderia ser feita no local.

Seis macacos com SIV (HIV símia) utilizados em experimentos conduzidos por Ivona Pandrea foram levados de um prédio para outro e colocados em uma sala de necropsia. Porém, ninguém tinha colocado quaisquer sinais de aviso na porta indicando que havia animais ali ou que o quarto tinha se tornado um risco biológico – colocando o pessoal em risco.

Foto: PETA

Quando isso foi relatado à veterinária clínica sênior, ela expressou surpresa, dizendo que ninguém tinha lhe dito que os macacos estavam doentes.

Ao encontrar um rato preso na tampa do alimentador de arame de uma gaiola, uma funcionário puxou o animal e arrancou dois dedos do seu pé. Inacreditavelmente, ela escreveu no relatório de saúde que o rato estava “bem”.

Outro membro da equipe colocou vários ratos vivos em um saco de plástico e fechou-o. No momento em que outro trabalhador notou o ocorrido, alguns dos ratos já haviam sufocado e, quando o supervisor questionou a ação, o funcionário riu.

Um macaco aterrorizado escapou, correu para o topo das gaiolas e fugiu dos captores durante três horas. Em outro caso, um veterinário drenou o pus do abscesso de um coelho chamado Booker, usando um bisturi para cortá-lo e depois pressionou-o – o que causa uma dor absurda – por mais de 10 minutos antes de induzir completamente a anestesia.

Um técnico veterinário e um veterinário sênior tentaram coletar sangue de um coelho anestesiado que lutou e chutou por 20 minutos, o que causou um hematoma no animal.

A PETA apresentou uma queixa ao Departamento de Agricultura dos EUA pelas violações da Lei de Bem-Estar Animal, e alerta as pessoas para pressionar o governo a deixar de financiar esse sofrimento. Infelizmente, a Pittsburgh University recebe centenas de milhões de dólares em subsídios do NIH todos os anos, conforme revelado pelo grupo de direitos animais.

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