Empresa é considerada a marca que mais produz poluição no mundo, segundo a BBC
A diretora de sustentabilidade da Coca-Cola, comunicou recentemente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, que não deixará de usar as garrafas plásticas de uso único, isso porque a cúpula da empresa afirma que os consumidores ‘não querem’.
De acordo com o site One Green Planet desta quinta-feira (23), Bea Perez, chefe de sustentabilidade da empresa, relatou à BBC : “Os clientes gostam das garrafas de plástico porque elas fecham e porque elas são leves”. Os negócios não estarão no mercado se não acomodarmos os consumidores”, defendeu ela. De acordo com a BBC, a empresa é responsável por produzir três milhões de toneladas de embalagens plásticas anualmente. Além disso, a estimativa é que a marca produza cerca de 200 mil garrafas por minuto.
Em contrapartida, a marca prometeu reciclar as garrafas de plástico até 2030. Segundo a BBC, a empresa é considerada a que mais produz poluição no mundo. Além do compromisso de reciclagem das garrafas, a empresa também afirmou que até 2030 reciclará 50% das embalagens das bebidas.
O gerente de campanhas da City to Sea, Steve Hynd, criticou a tentava da empresa para ‘reparar’ seus danos e explicou a questão do ‘uso único’ das garrafas: “Precisamos de ações verdes, não de lavagem verde para combater a poluição plástica. Só porque um produto pode ser reciclado, isso não significa que não é mais de uso único. Se a Coca Cola quiser garantir que suas garrafas não sejam de uso único, gostaríamos que introduzissem um sistema abrangente de recarga, onde o mesmo item seja limpo e reutilizado várias vezes”.
ALERTA
Atualmente, 300 milhões de toneladas de plástico são produzidos por ano, sendo que, 78% não são recicláveis. Nos oceanos, cerca de 8,8 milhões de toneladas de lixo plástico são despejados anualmente e mais de 700 animais marinhos enfrentam extinção devido à ameaça que o plástico, por enroscamento, poluição ou ingestão. Além disso, a estimativa é que até 2050, 99% de todas as espécies de aves marinhas terão ingerido resíduos plásticos e que os plásticos sejam mais quantitativos do que os próprios peixes no oceano.
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