(da Redação)
“Morde & Assopra”, a próxima novela das 19h da Rede Globo, causou recentemente a morte de uma cobra.
Por conta do calor no Rio, o animal explorado durante as gravações não aguentou e morreu antes do fim da cena, segundo informou a coluna Outro Canal, da jornalista Keila Jimenez da Folha de S. Paulo.
Este é mais um caso em que animais sofrem as consequências da falta de consciência ao serem cruelmente utilizados para o entretenimento.
Usar animais em entretenimento, mesmo que sua presença seja acompanhada de uma mensagem ‘positiva’, não é de interesse do sujeito em questão. Primeiro, ele não tem escolha no assunto. Segundo, como novelas trabalham com caricaturas, elas tendem a representar os animais de uma forma estereotipada e distorcida.
Recentemente, uma girafa de 18 anos que estava sendo explorada nas filmagens da comédia de Kevin James, Zookeeper, morreu um dia após fazer sua cena final. Suspeita-se que o estresse a que foi submetido o animal durante as gravações tenha sido o causador da morte precoce, já que uma girafa pode viver até 30 anos.
Tortura e maus-tratos nos bastidores
De acordo com Chris Palmer, um veterano da indústria cinematográfica, programas de TV que cativam o público por focarem em animais selvagens, veiculados através de canais como Discovery Channel e Wild America por Marty Stouffer, apesar de criarem uma impressão de intimidade com a chamada ‘vida selvagem’, apelam para recursos não éticos como tormento de animais, cenas montadas e o uso de animais treinados.
Chris diz que a manipulação é motivada por dinheiro porque economiza tempo. Ele resolveu “abrir o bico” porque se cansou de ver tanto tormento de animais durante filmagens, o público sendo enganado e a falta de conservação nos filmes. Para tentar mudar a situação no futuro, ele fundou um centro de cinema ambiental na American University para educar a nova geração de cineastas sobre como produzir filmes sobre animais usando uma metodologia ética.