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MAIOR COMPANHEIRA

Cobertura UV e tapete gelado: ciclista de SC que superou câncer adapta bicicleta e pedala 12 mil km com cachorra

Jefferson Delgado, de 40 anos, e a cachorra, Toddynha, já percorreram 11 estados brasileiros. Eles saíram de Blumenau, no Vale do Itajaí.

18 de novembro de 2025
Sofia Mayer
4 min. de leitura
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Foto: Redes sociais/ Reprodução

O ciclista Jefferson Delgado, de 40 anos, já percorreu mais de 12 mil km de bicicleta pelo Brasil após superar um câncer e não abre mão de uma coisa durante suas viagens: o bem-estar de sua cachorrinha Toddynha, que se diverte conhecendo o país com o tutor.

A bicicleta de mountain bike de baixo custo que leva o viajante de Blumenau (SC) a pontos turísticos e, principalmente, a lugares pouco explorados do Brasil, foi adaptada para garantir conforto à vira-lata resgatada das ruas há 10 anos: cesta com cobertura UV e tapete gelado fazem parte do kit.

“Eu tenho o cuidado com o calor e paradas para descanso”, comenta.

Jefferson foi diagnosticado em 2020 com Linfoma de Hodgkin, tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo. Ele chegou a estar em estágio terminal, mas, após um tratamento intenso, foi considerado totalmente curado em maio deste ano.

Ele saiu de Blumenau, no Vale do Itajaí, em 23 de julho de 2023. De lá para cá, já foram pelo menos 12 mil km percorridos por 11 estados, além de milhares novos seguidores se interessando pela jornada. Hoje, mais de 48 mil pessoas acompanham as aventuras nas redes sociais através da página @ociclistaviajante.

Novos destinos e experiências

A dupla prioriza destinos onde pode aprender com a população local. Na sexta-feira (14/11), por exemplo, os dois estavam em Mangue Seco, um vilarejo de cerca de 200 pessoas na BahiaJá nesta segunda-feira (17/11), a dupla chegou em Aracaju (SE).

“O tempo em cada lugar sempre é muito relativo. Sempre vai depender do tipo de cidade, o tamanho dela, quantas coisas tem para se fazer lá, principalmente oportunidades e os custos do lugar”, comentou.

“Eu acabo ficando em casas de pessoas que já me seguem pela internet e me acompanham, me convidam, geralmente eu faço isso. Acampo em postos de gasolina, quando eu estou em trecho por BR, praia, hostel, camping, isso sempre vai depender”.

Mudança de vida

O ciclista estava em período de remissão da doença quando a expedição começou e foi liberado para a viagem pelo médico. Na época, ele fazia os exames em trânsito.

“Eu tinha prometido a Deus que, se eu saísse dessa situação, eu iria realmente viver o meu sonho, não o dos outros, e correr atrás do que eu desejo. Então, a minha vida viveu com um pouco de mais propósito”, comentou ao g1.

Jefferson trabalhava com cães, treinamento e monitoramento antes da doença e passou muitos anos da vida sem tirar férias. “Percebi que eu vivia lutando pelo sonho dos outros e não pelo meu”, disse.

Fonte: G1

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