Os números não mentem: cerca de 330 milhões de bolas de tênis acabam em aterros sanitários todos os anos. De acordo com as Nações Unidas, os objetos podem demorar mais de 400 anos a decompor-se. Por causa disso, alguns clubes têm apostado cada vez mais na sustentabilidade e doado as bolas usadas que já não servem para os treinos ou jogos a instituições de solidariedade. O da UEA é um deles.
O clube de tênis da Universidade de East Anglia (UEA), na cidade de Norwich, Inglaterra, decidiu doar dezenas de bolas usadas a um abrigo local da Dogs Trust, uma das maiores organizações de resgate animal sem fins lucrativos no Reino Unido. A ideia surgiu por parte dos jovens tenistas Ruby Pummell e Ed Ingles.
“Como um grande clube, usam muitas bolas e, em vez de as deitar fora, reutilizam-nas – dando-lhes uma segunda vida enquanto ajudam o Dogs Trust a poupar recursos”, avançou a universidade. “Esta tradição de longa data do clube é liderada este ano por Ed e Ruby, que planeiam doar ainda mais no final do ano.”
Ruby acrescentou à BBC que além da iniciativa promover o reaproveitamento das bolas, ajuda a associação a poupar dinheiro em recursos, dando aos cães “algo novo para brincar.”
Os cães da Dogs Trust Snetterton, em Norwich, foram à loucura com os novos presentes. “Doações como estas são sempre muito apreciadas”, frisou Kelly Smith, gerente do abrigo. “Pequenos confortos como bolas de tênis para brincar ajudam-nos a cuidar, entreter e interagir com os cães que esperam pelos seus lares definitivos.”
Os cães não são os únicos a aproveitarem
Além do clube de ténis da UEA, várias outras organizações desportivas têm promovido a sustentabilidade ao mesmo tempo que apoiam os animais. Todos os anos no Torneio de Wimbledon, são utilizadas mais de 50 mil bolas de tênis e muitas delas são doadas para se tornarem em casas para os Ratos-espigueiro, muitas vezes encontrados em plantações agrícolas.
Para construir um novo lar para esses animais, é feito um furo nas bolas usadas, que são presas a postes entre 75 centímetros e 1,5 metros do chão. As novas casas permitem que os ratos façam os seus ninhos em segurança, longe das aves de rapina e das doninhas, que são demasiado grandes para passar pelo buraco.
Esta iniciativa acontece desde início dos anos 2000 e é feita em parceria com a organização de vida selvagem Wildlife Trust, que tem sedes nos condados ingleses de Avon e Northumberland e no condado galês de Glamorgan.
Fonte: Pets in Town