A atriz e cantora Cleo Pires lamentou a morte de Shiva, um cachorro da raça pastor belga de malinois adotado há três meses. Companheiro da artista e de seu marido, o empresário Leandro D’lucca, o cão foi homenageado pelo casal nas redes sociais.
Na noite de quinta-feira (7), Cleo publicou nos stories do Instagram um vídeo no qual aparece dando petiscos para o cachorro. “Mamãe te ama pra sempre”, escreveu a atriz ao se despedir do cachorro.
Leandro D’lucca também recorreu às redes sociais para homenagear Shiva. “Hoje meu amigão virou estrelinha, difícil de digerir esse momento! A gente te amava muito, carinha!”, escreveu. A causa da morte do animal não foi divulgada pelo casal.
Shiva foi adotado em julho pela família. A adoção foi exposta nas redes sociais por Leandro, que apresentou o cachorro aos internautas. “Apresento Shiva, o novo integrante da família. Vocês já conheciam a raça Pastor Belga Malinois?”, dizia a publicação.
Especialistas alertam que luto pela perda de animal deve ser respeitado
Alguns podem não ligar para homenagens póstumas para animais e achar exagerado o sofrimento pela perda de um animal. A psicóloga Simone Miranda Rosa, porém, avisa: “Esse luto deve ser respeitado”. Segundo ela, a morte de um animal pode ser tão dolorosa quanto a de uma pessoa, dependendo do grau de vínculo. “O luto gera angústia”, define.
A psicóloga Déria Oliveira, que fez tese de doutorado sobre o luto pela morte de animais, orienta que um jeito de encontrar alívio é procurar pessoas do convívio que aceitem esse sofrimento e que saibam falar dele.
“Em alguns casos, pode ser preciso buscar ajuda de um psicólogo”, diz. Sua colega Simone acrescenta: “Esse luto deve ser acompanhado de perto por familiares, para que não seja incapacitante e prolongado demais. A vida precisa prosseguir”.
A adoção de outro animal, segundo Déria, não necessariamente ajuda a superar a perda. “Se o tutor quer outro animal, isso pode ser positivo.” Pessoas entrevistadas em sua pesquisa, porém, apontaram como “insensível” oferecer outro animal a quem acabou de perder o seu. “A pessoa poderá rejeitá-lo.”
Simone, por sua vez, diz que essa perda tem efeitos diferentes, conforme a idade. “As crianças geralmente lidam melhor. Seu mundo imaginário permite criar destinos felizes para seus amiguinhos e, com isso, o luto é um pouco mais breve, mas não menos sofrido. Os adultos pensam nas memórias e nas dores dos últimos instantes. Já os idosos sofrem muito, pois são mais sensíveis. Muitos entram em quadro depressivo.”
Ela alerta que é errado dizer a quem vive esse luto frases como “era só um cachorro, você adota outro” ou “ele estava velho e só dava trabalho”. A tristeza do outro precisa ser compreendida e respeitada.