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CITES nega proposta de Sualizândia de comercializar chifres de rinocerontes brancos

5 de outubro de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/World Animal News
Reprodução/World Animal News

A 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) proibiu o comércio de chifres de rinoceronte brancos pela Suazilândia, localizada na África Austral.

“Em um momento em que os rinoceronte estão mais ameaçados do que nunca por caçadores devido ao rápido aumento dos preços de seus chifres no mercado negro, esta decisão de recusar o pedido da Suazilândia para comercializar os chifres de rinocerontes brancos deve ser aplaudida”, disse Kelvin Alie, diretor do International Fund for Animal Welfare (IFAW).

A Suazilândia pediu uma alteração em uma observação na lista do apêndice II sobre os rinocerontes brancos para permitir um comércio limitado e regulamentado dos chifres da espécie.

A caça de rinocerontes aumentou drasticamente nos últimos anos, especialmente na África do Sul. Em 2007, 13 rinocerontes foram caçados na região. Até 2011, 448 rinocerontes foram assassinados e, em 2014, 1.215 rinocerontes foram mortos, um aumento de 9 mil % em menos de 10 anos.

“A noção de que a demanda por chifres pode ser contida por meio de vendas legais é um absurdo e sem fundamento. O comércio legal simplesmente aumentaria a demanda e, assim, a pressão sobre as populações de rinocerontes selvagens”, explicou Alie.

“A proposta da Suazilândia é completamente contrária aos esforços globais de proteger as populações remanescentes de rinocerontes e o IFAW está entusiasmado que a CITES tenha negado isso”, adicionou.

Em 1977, todas as espécies de rinocerontes africanos foram listados no Anexo I da CITES, recebendo o mais alto nível de proteção contra o comércio internacional. Os rinocerontes são caçados por seus chifres principalmente para abastecer os mercados de medicamentos e de luxo na Ásia.

A matança tem impedido o crescimento de suas populações e o comércio de rinocerontes atingiu seu maior nível desde o início de 1990. Em 2014, cerca de dois mil chifres desses animais foram comercializados, de acordo com o World Animal News.

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