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COMPAIXÃO

Cirurgiões ortopédicos que ajudaram milhares de pessoas agora tratam animais atingidos por balas e estilhaços na Faixa de Gaza

17 de maio de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Reuters

Os cirurgiões ortopédicos Mohammad e Youssef Al-Khaldi se dedicam desde 2019 a tratar pacientes humanos vítimas do conflito que assola a Faixa de Gaza. Graça a gentileza deles, milhares de pessoas hoje têm uma segunda chance e mais qualidade de vida, mas os médicos, que são irmãos, notaram que há mais pacientes especiais que precisam de atenção: os animais. Eles contam que muitos tutores de animais, cães, gatos, cavalos e bois os procuram e imploram por ajuda.

Foto: Reprodução | Reuters

Apesar de não terem nenhuma especialização em Medicina Veterinária, eles ajudam os animais da melhor maneira possível. “Eu optei por fazer isso por compaixão, porque ferimentos em animais podem ser fatais. Cerca de 80% dos animais com fraturas não tratadas morrem”, disse. Atualmente, eles gerenciam uma pequena clínica improvisada no sul de Rafah. Entre os animais atendidos recentemente há gatos e falcões que foram baleados e corriam risco de morte.

Foto: Reprodução | Reuters

Em alguns casos, eles não só operam e removem projéteis e estilhaços, mas também inserem próteses, para que os animais em estado mais grave voltem a ter mobilidade. Entre os tutores satisfeitos está Anan Al-Bayoumi, de 28 anos, cujo gatinho estava com uma das patas dianteiras fraturadas e precisou ser submetidos a exames e depois ganhou um envólucro de gesso para se recuperar. “Eu resgato e cuido de muitos animais, que bom que os irmãos me ajudaram”, disse.

Foto: Reprodução | Reuters

Em razão da falta de recursos e dificuldade em encontrar matérias-primas e suprimentos entre as ronteiras controladas por Israel e Egito, os ortopedistas muitas vezes precisam improvisar gessos ou próteses para seus pacientes animais de polietileno e compostos semelhantes. “Os materiais (normais) não estão disponíveis no momento, então usamos alternativas”, disse Mohammad, que esclarece ainda que ele e o irmão não cobram pelos serviços.

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