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MUDANÇA DE CONSCIÊNCIA

Circo vietnamita abole exploração de ursos em espetáculos

23 de junho de 2021
Lorena Rocha | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Animals Asia / reprodução

O circo Central de Hanói, no Vietnã,  finalmente “aposentou” quatro ursos que eram usados como parte do espetáculo circense desde 2014. Ginger, Chili, Pepper, e Saffron como são chamados os ursos, foram oficialmente resgatados depois de diversos apelos por parte da entidade Animals Asia e levados para um santuário.

A liberação voluntária por parte do circo reflete uma mudança na visão de vietnamitas em relação à exploração animal, que por muitos anos, foi um assunto negligenciado por parte do povo e governo. Mas um relatório publicado pela Animals Asia em 2017, apontando os traumas psicológicos causados por circos em animais selvagens, foi responsável por fazer com que o Ministério da Cultura do Vietnã lançasse uma diretiva, pedindo a eliminação do uso de animais em circos, conta o jornal EXTRA.

“As atitudes no Vietnã estão mudando. As escolas estão começando a se recusar a assistir a espetáculos em circos que usam animais selvagens e mais de 32.000 vietnamitas assinaram nossa petição para acabar com o uso de animais selvagens para entretenimento. Este é um resultado direto de nossa abordagem tenaz, mas colaborativa, para trabalhar com autoridades e comunidades. Como vimos várias vezes, a única cura para tantas coisas que queremos mudar no mundo é a gentileza”, afirmou Tuan Bendixsen, diretor da ONG Animals Asia.

Ginger, Chili, Pepper, e Saffron foram levados para um santuário pertencente à Animal Asia, em Tam Dao, onde eles serão reeducados e incentivados a explorar seu lado selvagem, longe de barras, cenários e fantasias circenses.

“Pela primeira vez em anos, esses quatro lindos ursos terão acesso a espaços amplos e abertos e sentirão a grama viçosa e fresca sob suas patas. Eles terão a liberdade de decidir o que fazer e quando. Eles serão capazes de expressar comportamentos naturais como escalar, procurar comida, cavar na terra e brincar com seus novos amigos. Nunca mais serão forçados a usar focinheira ou fazer truques para divertir pessoas”, completou Heidi Quine, diretora do santuário.

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