O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça cinco caçadores, presos na Operação Nariz de Pedra, realizada no último dia 8. Paulo Roberto Ferreira, Orlandino dos Santos Nascimento e os irmãos Rogério, Roberto e Rubens Xavier integravam uma quadrilha que fazia caça ilegal na Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu (RJ). Os animais eram destinados a traficantes de animais e restaurantes de carnes exóticas especializados em espécies silvestres. Para pegarem as espécies, os acusados usavam “trabucos”, que são armadilhas acionadas por uma linha de náilon posta na trilha das presas.
O procurador da República Renato de Freitas Machado é responsável pelas denúncias por formação de quadrilha, caça ilegal de animais silvestres e porte ilegal de armas. Para a conclusão das acusações, houve interceptações telefônicas das quadrilhas, autorizadas pela Justiça.
“A ação desse grupo de caçadores é incrivelmente predatória, por caçar especificamente mamíferos em extinção no Estado do Rio e por estar transformando a reserva em verdadeiro campo minado, podendo vitimar as equipes de fiscalização ou até mesmo pessoas que não tenham conhecimento de que é proibida a entrada no local”, disse o procurador da República.
Renato de Freitas Machado concluiu que os cinco compunham uma quadrilha já que, em conversas telefônicas, eles deixavam claro que todos caçavam, dividiam os trabalhos, sabiam da ilegalidade e ainda usavam as atividades como a principal fonte de renda. Não foi a primeira vez que Rubens, Rogério e Roberto foram pegos com todo o aparato destinado à caça.
A Operação Nariz de Pedra faz parte da Operação Oxóssi, que aconteceu em março deste ano, cumprindo 102 mandados de prisão e 140 de busca e apreensão em nove estados, além de mandados de prisão contra cidadãos de Portugal, Suíça e Republica Tcheca.
Fonte: SRZD