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Cinco gatos já despencaram de apartamento no Rio, dizem vizinhos

3 de setembro de 2015
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Vizinhos fotografaram gatos no corredor (Luiz Damasceno/Arquivo Pessoal)
Vizinhos fotografaram gatos no corredor (Luiz Damasceno/Arquivo Pessoal)

O susto que moradores de um prédio em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, levaram na manhã de terça-feira (1º) não é novidade, nem surpresa para a maioria. Vizinhos da moradora do apartamento do quarto andar, de onde um gato despencou na manhã de terça, contam que outros quatro animais já caíram do local. Um deles, também foi resgatado pelos bombeiros no final da noite de terça.
“Ontem (terça) quando minha faxineira chegou avisou que tinha um gato em cima do ar condicionado e que ia despencar aqui de cima. Foi aí que resolvemos ligar para os bombeiros. À noite a mesma situação se repetiu e ligamos novamente para o quartel. Se os gatos estão saindo pela janela é porque não estão aguentando mais essa situação”, afirmou a dona de casa Andreia Lima Damasceno, de 38 anos, que fez as imagens dos dois resgates.
Mas nem todos os desfechos foram felizes, com os animais sendo resgatados. Segundo os vizinhos, há cerca de um ano um dos felinos morreu ao cair da janela e há dois meses outro caiu e ficou muito ferido. “Ela coloca uma madeira na janela. O gato deve ter subido nessa madeira e caiu lá embaixo e morreu. Foi horrível. A grade de madeira ainda atingiu um carro e o morador processou ela (proprietária do imóvel e dos gatos)”, lamentou Andreia.
O gato que ficou ferido, segundo a síndica do edifício, foi socorrido por outra moradora que o levou para o veterinário e adotou o animal. “A Elaine pegou o gato ensanguentado e socorreu imediatamente. O veterinário ficou com pena da situação e cobrou apenas R$ 300. Ele teve que colocar placas no corpo, ficou todo quebrado. Agora que está se recuperando”, contou Gláucia Lopes, de 37 anos, lembrando que em fevereiro desse ano um animal também caiu da janela do quarto andar, mas sobreviveu e fugiu do local.
Sofrimento de vizinhos
Segundo moradores, o estado de abandono dos animais é visível e a situação está prejudicando muito todos os condôminos, gerando, inclusive, problemas alérgicos, de mau cheiro e muito barulho. “Meu filho tem cinco anos e nunca tinha tido problema com alergia. Fomos parar na emergência com ele na semana passada e o médico disse que ele estava em um processo alérgico e pediu que procurássemos um especialista”, afirmou o aposentado Luiz Cavalcante Damasceno, de 63 anos, que diz não poder chamar os amigos em sua casa por causa do mau cheiro que atinge, principalmente, os moradores do quarto andar.
Corredor de prédio em Vila Isabel, no Rio, tinha gatos por toda parte (Foto: Luiz Damasceno/Arquivo pessoal)
Corredor de prédio em Vila Isabel, no Rio, tinha gatos por toda parte (Foto: Luiz Damasceno/Arquivo pessoal)

Desde outubro do ano passado a família está tentando vender o imóvel, mas sempre que os possíveis compradores abrem a porta do elevador se deparam com o odor forte e desistem do negócio. “Ninguém tem coragem de falar para a gente, mas dizem que não voltam por causa do cheiro que é insuportável. Os corretores já vieram falar conosco, os porteiros, mas não temos o que fazer, a não ser recorrer à Justiça, o que já fizemos”, afirma Luiz. Ele e a esposa estão movendo uma das ações contra a proprietária do imóvel onde vivem os gatos. O G1 tentou entrar em contato com a dona do apartamento, esteve no prédio, mas os porteiros informaram que a última vez que ela esteve no apartamento foi na noite de domingo (30).
Além da ação movida pela família de Luiz e Andreia, o condomínio entrou com outra ação para tentar impedir a permanência de tantos animais permaneçam no local nessa situação. “Uma moradora interfonou avisando que tinham vários gatos no corredor. Quando desci, contei 22 gatos do lado de fora. Batemos muito na porta dela e ninguém atendeu. Resolvemos chamar o Samu porque pensamos que algo pudesse ter acontecido com ela lá dentro. Quando os bombeiros chegaram, tinham vários outros gatos no interior do imóvel, por todos os cantos. Um deles estava morto no meio da sala”, destacou a síndica do edifício.
Fonte: G1

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