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SECA

Cinco dos sete conjuntos de reservatórios que abastecem a Grande São Paulo estão com níveis abaixo da média

A seca não afeta apenas São Paulo. Bacias hidrográficas das regiões Norte, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste também atingiram níveis críticos de estiagem.

16 de setembro de 2024
g1
4 min. de leitura
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Estiagem faz com que Barco fique preso e provoca acidentes — Foto: Reprodução/TV Globo

Na edição desta sexta (13/09), o Jornal Hoje mostrou como a falta de chuvas que afeta o Brasil acende um alerta para os sistemas de abastecimento de água em diferentes regiões.

O recuo das margens dos rios e represas dificulta a navegação, tornando ilhas e bancos de areia um desafio para quem precisa cruzar as águas. Segundo Emerson Ribeiro Palese Inacio, subinspetor da Guarda Civil Metropolitana de=, isso faz com que muitas pessoas acabam se envolvendo em acidentes.

“A gente acaba auxiliando muitas pessoas, os navegantes, porque as pessoas não têm a percepção que diminuiu tanto o nível da água”, afirma.

Dos sete conjuntos de reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo, cinco apresentam, nesta sexta-feira, capacidade abaixo da média registrada nos últimos cinco anos.

O sistema Cantareira, o principal reservatório da região, opera com 54,8% de sua capacidade. No mesmo período de 2023, o volume estava em 71%, e, em anos anteriores, oscilou entre 31% e 49%.

A situação do Guarapiranga

Um reservatório com baixo nível é o Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo, que funciona atualmente com apenas 40% de sua capacidade. Frequentadores relatam que, há três meses, a água chegava muito mais próxima da margem, evidenciando a gravidade da situação.

André Gois, superintendente de Produção de Água da Sabesp, explica que, após a crise hídrica de dez anos atrás, o estado de São Paulo fez obras para interligar as represas e bombear água do rio Paraíba do Sul para o Cantareira.

“Se tiver um manancial com mais água do que a média, eu consigo priorizar o uso desse manancial que tem mais água para poder economizar um pouco o manancial que tem menos água. Nós estávamos com 52% dos últimos cinco anos e hoje basicamente na mesma número, dessa mesma data, então nós estamos dentro de uma certa normalidade do que se espera no final de um período seco.”

A seca se estende pelo país

A seca não afeta apenas São Paulo. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), as bacias hidrográficas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste atingiram níveis críticos de estiagem, classificados como severos, extremos ou excepcionais em agosto.

Elisângela Broedel, pesquisadora do Cemaden, alertou que regiões como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e o Paraná podem enfrentar uma intensificação da seca nos próximos meses.

Com as perspectivas pouco otimistas, especialistas reforçam a importância da população economizar água.

“Não estamos em uma condição que nos permita desperdiçar nenhuma gota”, alertou Broedel.

Fonte: g1

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