Os cães Petruquio, Belinha, Polaca, Bob e Urso são os novos atendidos pela Unidade de Acolhimento Plínio Tourinho, no Jardim Botânico, um dos equipamentos de atenção à população em situação de rua da Fundação de Ação Social (FAS). Os animais estão desde esta segunda-feira (02) na unidade, em iniciativa adotada pela Prefeitura de Curitiba e FAS, que permite a entrada de cães e gatos de companhia de quem buscar o serviço de acolhimento. Com isso, é ampliado o acesso de moradores de rua ao abrigamento e também garantir a segurança dos animais nos períodos de temperaturas mais baixas.
Para Ronaldo Macedo, de 40 anos, tutor dos cinco cães, a possibilidade de levá-los para o acolhimento foi o grande diferencial. “Em oito meses que estou na rua, nunca quis vir pro abrigo porque achava que não ia me acostumar com o regulamento e que teria que deixar meus cachorros na rua. Eles são meus filhos, meus guardiões. Se estou vivo hoje é por eles e eles por mim”, conta.
Pela primeira vez em uma unidade de acolhimento, Ronaldo faz planos para o futuro. “Daqui para frente vejo a minha casinha, com água, luz e um emprego. E meus cachorros, é claro”.
A presidente da FAS, Marcia Oleskovicz Fruet, conta que recolher os animais é muitas vezes fundamental para convencer alguém que está no relento, neste período de frio, ir para o abrigamento. “Muitas pessoas preferem não ir para os abrigos porque não querem deixar seus animais sozinhos. Por isso resolvemos repetir a medida adotada no ano passado e garantir a proteção à vida tanto das pessoas em situação de rua como de seus animais de companhia”, explica.
A ação acontece em parceria entre a FAS, a Rede de Proteção Animal e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), e também vai oferecer a alimentação, microchipagem, vacinas, vermífugo e castração para os animais. Uma vez por semana, uma veterinária vai passar pelo local, para atender os bichinhos.
Operação Inverno
Com as temperaturas baixas e as primeiras geadas na capital, a FAS intensificou o trabalho das equipes de abordagem do Resgate Social. O reforço no serviço funciona das 19h a 1 hora, com a busca de ativa, nos locais de maior concentração de pessoas em situação de rua. Porém, o Resgate acontece sem interrupção e o número de vagas nos abrigos também já aumentou.
“Ressaltamos também que o apoio da população é de extrema importância. Qualquer caso de risco para pessoas que estejam nas vias públicas da cidade, deve ser comunicado ao Dique 156, que acionará o Resgate Social para atendimento da solicitação”, informa Marcia Fruet.
Fonte: Bem Paraná