Existem evidencias de que a fumaça de cigarro é carcinogênica para o homem como fumante passivo e acredita-se que tem o mesmo efeito em animais, que apresentam processos alérgicos, como rinite, traqueite, bronquite e também a possibilidade de desenvolverem carcinoma pulmonar, pneumopatia e cardiopatia secundária.
Os animais de pequeno porte – considerados de companhia – passam mais tempo junto com os tutores e normalmente têm acesso maior ao interior da casa por essa característica, que não está relacionada à genética ou à predisposição racial, ficam mais susceptíveis aos males causados pela fumaça do cigarro.
“Potencialmente todos os cães que vivem dentro de um ambiente fechado e convivem com o fumante e a fumaça do cigarro correm esse risco independente da raça ou porte.
O cigarro faz mal para todos. Fumantes ativos e passivos correm o mesmo risco, inclusive os animais que por fidelidade acompanham o tutor em todo momento e lugar”, afirma Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet Care.
Quinzani afirma ainda que animais de fumantes já devem ser colocados em grupo de risco. A ausência de sinais clínicos pode ser um indício de que tudo esta bem, mas se o animal apresentar sinais de espirros e tosses frequentes deve-se pesquisar a possibilidade da influência do cigarro.
Nesse caso, é necessário ser levado ao médico veterinário para exame clínico e fazer outros exames diagnósticos como rx de tórax, tomografia, ecocardiograma, hemograma, etc. Para animais com idade entre 7 e 10 anos é recomendável o check-up a cada seis meses. “Antever problemas e doenças antes que se desenvolvam, podendo tomar medidas preventivas ou iniciar o tratamento precocemente, evitando as complicações decorrentes de processos crônicos é muito importante para os animais domésticos”, comenta Marcelo.
Mas o melhor para prevenir as doenças respiratórias e todas as outras causadas pelo tabaco, tanto para o tutor, como para o animal, ainda é o abandono do vício. “Saber que a fumaça do cigarro consumido faz mal ao melhor amigo é o melhor incentivo para largar o vício, mas para os que insistem em continuar fumando, adotar cuidados como: manter o animal mais longe possível da fumaça e fumar em locais abertos e ventilados ajudam a minimizar os danos à saúde do animal”, finaliza.
Fonte: Época