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TECNOLOGIA

Cientistas usam IA para traduzir o que os cães “falam”

10 de junho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Você já imaginou poder traduzir os latidos dos cães e saber o que eles estão sentindo? É isso o que pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica do México querem fazer usando inteligência artificial.

A ideia é usar a IA para entender se o latido representa felicidade ou desconforto.

Eles também querem utilizar a tecnologia para identificar corretamente a idade, o sexo e a raça de um animal com base no que ele “diz”.

Os cientistas dizem já terem conseguido avançar na decodificação da comunicação de cães reaproveitando modelos computacionais existentes treinados na fala humana.

Se conseguirem de fato traduzir os latidos, isso seria uma verdadeira revolução na compreensão da comunicação animal.

A inteligência artificial permitiu grandes avanços na compreensão das sutilezas da fala humana. Os sistemas alimentados por IA são usados para distinguir nuances de tom, tom e sotaque, o que, por sua vez, permite o desenvolvimento de software de reconhecimento de voz.

Os pesquisadores explicam que foi possível alcançaram esse nível de sofisticação ao treinar a tecnologia a partir de um grande número de vozes humanas reais. No entanto, não existe uma base de dados comparável para cães.

Para contornar este problema, a equipe de cientistas reuniu os latidos, rosnados e gemidos de 74 cães de diferentes raças, idades e sexos, em diversos contextos. Eles inseriram estes dados em um modelo de aprendizado de máquina que havia sido projetado originalmente para analisar a fala humana.

O resultado foi surpreendente. Os pesquisadores descobriram que o sistema era capaz de identificar com precisão 70% dos latidos. Segundo o estudo, os “resultados mostram que os sons e padrões derivados da fala humana podem servir como base para analisar e entender os padrões acústicos de outros sons, como vocalizações de animais”.

Os cientistas afirmam que as descobertas podem ter “implicações importantes” para o bem-estar animal. Eles sugerem que entender melhor as nuances dos vários sons emitidos poderia melhorar a forma como os humanos interpretam e respondem às suas necessidades emocionais e físicas deles. As informações são da BBC.

Fonte: Olhar Digital

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