Por Lobo Pasolini (da Redação)
Em busca do filão da sustentabilidade, um termo tão abusado que mal lembra seu sentido original, pesquisadores no mundo a fora tentam criar notícia com conclusões que muitas vezes beiram o pueril.
Uma que nos chamou a atenção esta semana foi veiculada pelo Diário da Saúde. Segundo a publicação, cientistas suecos da Universidade de Wageningen estão trabalhando com o governo e a indústria para investigar a criação de insetos comestíveis.
A ideia é criar uma alternativa à carne, cuja produção é uma das maiores fontes de emissão de carbono no mundo. Os insetos seriam, em teoria, menos “pesados” para o meio ambiente.
O artigo é uma mistura de referências para fazer parecer sério algo tão descabido. Por um lado menciona que o estudo foi publicado na ‘conceituada revista científica PLoS ONE’ no final de dezembro. E por outro evoca a bíblia para dizer que João Batista e Jesus comeram insetos durante suas meditações no deserto.
O fato é que nós não precisamos de carne de animal algum, inclusive insetos, para sobreviver. Ao invés de gastar tempo e recursos com pesquisas como essa, os cientistas empregariam muito melhor seu tempo em pesquisa sobre dietas à base de plantas, que já estão disponíveis para o ser humano e não prejudicam os animais.