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COMPORTAMENTO

Cientistas revelam a chave para criar vínculos com seu cão e tudo depende da maneira como você fala com ele

Nada de voz mais fina ou parecida com a de um bebê, falar e se comunicar com o seu bichinho pode ser ainda mais fácil

2 de outubro de 2024
O Globo
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Quem nunca usou uma voz mais fina, aguda e até mesmo parecida de bebê para falar com o seu cachorro? As vezes na hora de brincar, ou de fazer carinho, podemos passar vergonha com a forma que falamos com eles. Segundo pesquisadores da Universidade de Genebra, esta forma de conversar com eles não é necessária.

Os cientistas disseram que ao invés de dirigir ao seu cão em um tom agudo, vale a pena falar bem devagar se você realmente quiser criar um vínculo com ele. Isso ocorre porque a compreensão da fala humana pelos cães depende de um ritmo muito mais lento.

Para a pesquisa, os cientistas analisaram os “sons vocais” de 30 cães e estudaram os sons de 27 humanos que falavam cinco idiomas diferentes com outras pessoas e 22 humanos (também de cinco idiomas diferentes) falando com cães. Eles também usaram eletroencefalografia (EEG) para examinar as respostas cerebrais à fala em humanos e cães.

Como resultado, o estudo mostrou que os humanos falam muito rápido com os cães — cerca de quatro sílabas por segundo. Enquanto os cães latem, rosnam, ladram e choram a uma taxa de cerca de duas vocalizações por segundo.

Durante o estudo, os cientistas perceberam que os humanos para falar com os cães, diminuíram a velocidade da fala para cerca de três sílabas por segundo, mostrando que havia uma consciência inata da necessidade de falar mais devagar.

Sinais de EEG de humanos e caninos mostraram que as respostas neurais dos cães à fala são focadas em ritmos mais lentos, enquanto as respostas humanas à fala são focadas em ritmos mais rápidos.

Ou seja, o sistema de processamento vocal é diferente entre cães e humanos. Falar mais devagar com o seu melhor amigo canino pode ajudar a se conectar melhor com ele.

“Embora os cães não consigam produzir sons articulados”, disseram os pesquisadores. Usando análises acústicas de vocalizações de cães, mostramos que seu principal ritmo de produção é mais lento [que o dos humanos] e que a fala dirigida por humanos e cães fica no meio do caminho”, disseram os pesquisadores.

Fonte: O Globo

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