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Cientistas fazem busca mundial por anfíbios desaparecidos

9 de agosto de 2010
2 min. de leitura
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Cientistas calculam que mais de 30% das espécies dos anfíbios do mundo estão em risco de extinção. Sapos, rãs e salamandras são muito sensíveis às mudanças climáticas, perda de habitat e algumas doenças, o que faz com que muitas espécies desapareçam sem deixar rastros. Por isso, a ONG Conservation International patrocina expedições por 18 países da América Latina, África e Ásia para encontrar espécies de anfíbios ameaçadas de extinção.

Sapo dourado (Crédito: Domínio Público)

O grupo sai em busca de 40 espécies raras de animais não vistas há mais de uma década. Não há nenhuma garantia de sucesso, já que muitos anfíbios foram encontrados pela última vez há muito tempo. A salamandra Hynobius turkestanicus, por exemplo, teve seu último registro pelos pesquisadores em 1909. O pouco que se sabe sobre a espécie vem de desenhos feitos na época.

Mesmo se as espécies não forem encontradas, a pesquisa pode ajudar os cientistas a encontrar soluções para proteção dos anfíbios existentes, não só pelo benefício das próprias espécies, mas também pelo benefício dos humanos, porque os animais são um excelente controle de pragas como mosquitos.

Veja abaixo uma lista dos animais mais raros procurados pela expedição:

– Sapo dourado (Incilius periglenes): nativo da Costa Rica, foi visto pela última vez em 1989.

– Rã Rheobatrachus vitellinus: foi encontrada pela primeira vez em 1984 e desde 1985 nunca mais foi vista. A curiosidade desta espécie australiana é ela dar a luz pela boca. A rã engole seus ovos fertilizados e paralisa sua digestão até que os filhotes saiam por sua boca depois de seis semanas.

– Sapo Rhinella rostrata: é conhecido pela forma piramidal de sua cabeça. Mas tudo que a ciência sabe dele vem da única vez em que foi visto em 1914 na Colômbia

– Salamandra Bolitoglossa jacksoni: é nativa da Guatemala. O anfíbio amarelo e preto foi visto pela última vez em 1975. Acredita-se que um animal tenha sido roubado de um laboratório na Califórnia.

– Rã pintada africana (Callixalus pictus): foi vista pela última vez em 1950 na República Democrática do Congo e acredita-se que nunca tenha sido fotografada.

– Sapo Atelopus balios: natural do Equador, foi avistado pela última vez em 1995. Pesquisadores desconfiam que os sapos podem ter sido mortos por uma doença.

–  Salamandra Hynobius turkestanicus: foi encontrada em 1909 provavelmente em Uzbequistão, Tajiquistão ou Quirguistão. Sabe-se pouco sobre ela porque nunca mais foi vista.

– Rã escarlate (Atelopus soriano): nativa da Venezuela, foi encontrada pela última vez em 1990.

– Rã pintada da palestina (Discoglossus nigriventer): provavelmente foi extinta na década de 1950 na Síria. A drenagem de pântanos na região para combater a malária foi a responsável.

Ansonia latidisca: o sapo da Indonésia e Malásia foi visto pela última vez em 1955. Acredita-se que mudanças no ambiente possam ter provocado o sumiço.

Fonte: Revista Galileu

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