Cerca de 50 cientistas elaboraram, na semana passada, um plano de ação para salvar as toninhas. Essa espécie de golfinho (Pontoporia blainvillei), prima pobre e desconhecida dos golfinhos-rotadores, que vivem em Fernando de Noronha e são mais famosos no Brasil, corre risco de extinção.
As toninhas vivem desde a costa do Espírito Santo até a Argentina. Por isso, os pesquisadores reunidos eram de vários países da América do Sul e mesmo do exterior. Eles estiveram reunidos em Florianópolis para uma elaboração de diretrizes.
Um dos objetivos centrais é reeducar pescadores para evitar que as toninhas fiquem presas nas suas redes –a “pesca” de toninhas é a grande vilã da espécie, hoje classificada como “vulnerável” nas listas de espécies ameaçadas.
Boa parte do desconhecimento da espécie tem a ver com a sua maneira de viver.
Ao contrário de outras espécies de golfinhos (como os próprios rotadores), a toninha não costuma ser facilmente observada na natureza, e não rende boas fotos.
Diante da falta de atenção, calcula-se que, entre 1996 e 2004, a população de toninhas tenha caído pela metade. Existem hoje cerca de 40 mil indivíduos da espécie.
Com informações da Folha de São Paulo