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Cientistas desvendam mistério de luz verde em mares tropicais

2 de abril de 2009
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Pesquisadores nos Estados Unidos desvendaram alguns dos mistérios em torno das luzes verdes que alguns marinheiros viam com frequência sob a superfície do mar, em regiões próximas aos trópicos. Segundo especialistas do Instituto de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia, em San Diego, animais invertebrados da espécie Odontosyllis phosphoreaemitem emitem uma luz verde para atrair parceiros em um ritual submarino para o acasalamento, e também como defesa.
O verme vive em áreas costeiras nas regiões tropicais e subtropicais e, durante o verão, as fêmeas secretam um muco luminoso antes de liberar óvulos. A luz atrai os machos, que também liberam seus gametas na nuvem esverdeada.
O ritual, de acordo com os pesquisadores, ocorre regularmente no sul da Califórnia, Caribe e Japão, atingindo seu auge um ou dois dias antes de determinadas fases da lua, de 30 a 40 minutos depois do crepúsculo, e dura de 20 a 30 minutos.
Proteína
Os pesquisadores Dimitri Deheyn e Michael Latz recolheram centenas de exemplares do animal em Mission Bay, em San Diego, para o seu estudo. Através de experiências de laboratório, eles descobriram que os animais mais jovens também produzem flashes de luz.
Deheyn e Latz concluíram que luz pode funcionar ainda como um mecanismo para distrair predadores.
Ambos testaram ainda a produção de luz em diferentes temperaturas e concentrações de oxigênio. Em artigo divulgado na revista Invertebrate Biology, Deheyn e Latz disseram que estão mais perto de identificar a base molecular da luz produzida pelos animais marinhos.
“Este é mais um passo para o entendimento da biologia da bioluminescência em vermes e também torna mais próximo o isolamento da proteína que produz a luz”, disse Deheyn. “Se nós entendermos como é possível manter a luz estável por tanto tempo, haverá oportunidades para usar esta proteína ou reação na medicina, bioengenharia e outros campos – da mesma forma que outras proteínas vem sendo usadas.”
Seu colega, Latz, disse que ambos se inspiraram no trabalho de pioneiros como Osamu Shimomura, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2008, por sua descoberta da proteína fluorescente do sistema de luminescência de águas vivas.

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