Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Cientistas criaram um coração impresso em 3D capaz de monitorar seu próprio ritmo. A equipe de Harvard responsável pela tecnologia, conhecida como um sistema micro fisiológico, disse que isto representa uma alternativa promissora a testes em animais.
De acordo com seu estudo, isso pode ajudar a maneira como os órgãos em chips simulam as propriedades de doenças específicas ou mesmo as células de cada paciente.
“Nossa abordagem de micro fabricação abre novos caminhos para a engenharia de tecidos in vitro, toxicologia e pesquisa de rastreamento de drogas”, disse Kit Parker, coautor e professor de bioengenharia e física aplicada em Harvard.
Anteriormente, os pesquisadores haviam desenvolvido órgãos impressos em 3D que imitam a microarquitetura e as funções dos pulmões, línguas e intestinos. No entanto, os métodos usados para engenharia e coleta de informações sobre esses órgãos eram “laboriosos” e “caros”, de acordo com a pesquisa.
Os dispositivos são normalmente construídos em salas limpas usando um complexo processo de impressão em 3D enquanto os dados requerem microscopia ou câmeras de alta velocidade.
“Nossa abordagem foi resolver esses dois desafios simultaneamente por meio da fabricação digital. Ao desenvolvermos novos pigmentos para a impressão 3D, conseguimos automatizar o processo de fabricação, aumentando a complexidade dos dispositivos”, disse Travis Busbee, coautor da pesquisa e pós-graduando em Harvard.
O estudo faz parte de um trabalho crescente que observa como a impressão 3D pode revolucionar a medicina. No início deste ano, um paciente com câncer tornou-se a primeira pessoa a receber uma mandíbula impressa em 3D, segundo o Huffington Post.