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ANTIÉTICO

Cientistas criarão porcos para extrair órgãos dos animais para transplantes

4 de fevereiro de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
1 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Cientistas planejam criar porcos manipulados geneticamente com o objetivo de extrair os órgãos, principalmente corações, dos animais para transplantes em seres humanos. O que motivou a iniciativa foi um transplante inédito realizado em janeiro do coração de um porco em um homem nos Estados Unidos. Com o procedimento, o animal é criado e morto apenas para que seu coração seja extraído para atender necessidades humanas.

Eckhard Wolf, cientista da Universidade Ludwig-Maximilians (LMU), em Munique, afirma que a sua equipe pretende ter a nova espécie, modificada geneticamente após experimentos, pronta para testes de transplante até 2025. O procedimento, além de antiético e de uma violação do respeito aos direitos animais, é extremamente perigoso para seres humanos, pois envolve riscos de infecção, rejeição de órgãos e pressão alta.

A primeira geração de animais escravizados e com alterações genéticas nascerá ainda este ano. Além de explorar porcos, os cientistas também usarão babuínos para testar a compatibilidade dos corações. O objetivo do projeto é sanar a demanda da fila de pessoas diagnosticadas com falência de órgãos que não têm outras opções de tratamento. Ativistas acusam os cientistas de tratar porcos, animais sencientes e altamente inteligentes, de “fábrica de órgãos”.

O projeto de Wolf é antropocêntrico, atropela os direitos animais, explora porcos e babuínos, que são condenados a uma morte lenta e agonizante e pode trazer risco aos seres humanos. “Os animais não devem servir como peças de reposição para os humanos”, disse ela. “Um animal doméstico, um chamado animal de fazenda, um clone ou um animal nascido naturalmente, todos têm as mesmas necessidades, medos e também direitos”, disse uma ativista.

Wolf não quis responder à reportagem.

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