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Cientistas criam sistema capaz de remover petróleo que destrói ecossistemas marinhos

13 de julho de 2017
2 min. de leitura
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Os vazamentos de petróleo são desastres que não podem ser completamente evitados enquanto o transportamos pelo oceano, afirmaram os pesquisadores.

Limpeza de petróleo derramado no oceano
Foto: IE

Uma medida eficaz seria remover as manchas de petróleo derramadas por meio da absorção em uma fase sólida separável. Agora, cientistas do Indian Institute of Science, Education and Research (IISER), em Thiruvananthapuram, Kerala (Índia) descobriram que congelar o petróleo em um gel rígido dentro da celulose impregnada e a escavação das partículas é possível.

Kana M Suresan e Annamalai Prathap da IISER criaram e testaram uma estratégia simples. Ao combinarem processos de absorção e congelamento, eles vincularam firmemente o petróleo a uma matriz porosa e retiraram as partículas sólidas da água.

Mesmo repleto com o petróleo, os grânulos não afundaram, mas permaneceram na superfície. Os cientistas também demonstraram que espremer os grânulos congelados pode auxiliar na recuperação do óleo derramado. Eles escolheram a celulose como uma matriz transportadora amiga do meio ambiente, econômica e porosa e com um composto orgânico de baixo custo.

Este passo simples mostrou-se fundamental na conversão da celulose em um sistema efetivo de absorção e reciclagem de petróleo, segundo o Financial Times. “Os organogeladores seletivos são anfifílicos que podem congelar os óleos seletivamente de uma mistura bifásica de óleo e água”, escreveram os cientistas na revista Angewandte Chemie.

O congelamento ocorre porque as moléculas de gelatina se dissolvem na fase oleosa e formam uma rede de fibra tridimensional por meio da ligação de hidrogênio.

O petróleo fica preso nesta rede fibrilar para formar um gel rígido. Assim, o congelamento transforma a fase de óleo líquido em uma sólida, que pode ser simplesmente retirada.

A outra vantagem da impregnação é isso torna a matriz de celulose hidrofóbica. Ela não suga a água como a celulose normalmente faz. Porém, “absorveu todo o óleo e os glóbulos rígidos que tinham o petróleo congelado poderiam ser recolhidos após duas horas, deixando a água limpa”, disseram os pesquisadores.

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